sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Os segredos de uma vida cristã fascinante

Por Bebeto Araújo

Nas últimas semanas venho conversando com um monte de cristãos de perto e de longe, gente de várias correntes evangélicas, gente que anda com Jesus há muitos anos e gente que está no início da caminhada. Gente com formação teológica e gente sem formação teológica. Gente engajada na causa do evangelho e gente que está buscando com muita vontade descobrir como servir o Reino.

Pessoas muito diferentes em vários aspectos, mas com duas coisas em comum:
a) Pessoas que expressaram o seu desejo de viver uma vida cristã com propósito, uma vida que faz sentido, que vale a pena.
b) Pessoas que têm convivido em suas igrejas locais com o conformismo, com a indiferença ao chamado de Deus e com a falta de entusiasmo pela vida.

Eu fiquei pensando sobre o que faz a diferença entre a vida cristã altamente motivada e a vida cristã que obedece a uma rotina religiosa sem nenhum entusiasmo? Será que essa também não é a nossa realidade? Uma parte das pessoas engajadas, comprometidas, empolgadas com o privilégio de cooperar com o que Deus vem fazendo nesta cidade e outras que estão vivendo uma vida cristã sem graça, sem paixão, sem muito sentido.

Seguir Jesus e comprometer-se com o que ele está comprometido, deveria ser, para todos os cristãos, o mais fascinante projeto de vida.

O apóstolo Paulo, em sua despedida aos cristãos de Éfeso, faz algumas declarações que apontam para os segredos de uma vida cristã fascinante, uma vida nada chata, nada rotineira, uma vida cheia de aventuras com Deus.

Leitura Atos 20.17-38

Parece que Paulo conseguia fechar os olhos e ver o filme do Reino de Deus se desenrolar na história. Suas palavras “o Espírito Santo me diz, de cidade em cidade” (v.23) indicam que ele estava em sintonia com o mover de Deus. Ele conseguia ver o que o Espírito Santo estava fazendo e desejando fazer em seus dias nos lugares onde ele ia passando. Ao invés de focar nos problemas, lutas e sofrimentos (seu umbigo!) ele buscava perceber o agir de Deus em meio ao caos deste mundo e aproximava-se para cooperar. Ele via o agir do Espírito Santo no mundo transformando inimigos de Deus em amigos de Deus. Homens e mulheres sendo reconciliados com o Senhor, sujeitando sua vida ao domínio de Cristo.

Você consegue ver Deus agindo no mundo? Se não, peça que o Espírito Santo abra o seu entendimento e te faça enxergar (não apenas crer) que Deus é o condutor da história e que Ele age no resgate de tudo que foi atingido pelo pecado.

Está claro que o apóstolo Paulo se via nesse filme. Ele conseguia enxergar que tinha uma contribuição específica a dar nesse processo histórico do Reino de Deus. Quando, no v.24, ele reafirma o seu dever de “completar a carreira”, o apóstolo expressa claramente a convicção de que, no filme do Reino de Deus, ele não era espectador, mas ator. Ele não estava assistindo, estava em cena. Ele via em cada necessidade do mundo uma oportunidade de ação missionária. No v.27, em outras palavras ele diz: “eu não deixei passar em branco uma oportunidade sequer de proclamar para vocês o plano de Deus.”

Onde você se encontra, na platéia ou em cena? Tem coisas que Deus preparou para que você fizesse, mais ninguém. Você foi chamado para servir. Sabe como se aprende isso? Servindo!

Paulo declara que o seu papel como agente da missão de Deus no mundo foi definido por Jesus: “o importante é que eu complete a minha carreira e termine o trabalho que o Senhor Jesus me deu para fazer” (v.24). Fazer o que Deus lhe chamou para fazer era o que ocupava o primeiro lugar na agenda de Paulo.

Talvez os maiores impedimentos para que a sua vida cristã torne-se um projeto de vida fascinante sejam as suas “preocupações com a vida” descritas por Jesus em Mateus 6.25-30. Quais são?

Ele define ali um compromisso que seus discípulos deveriam ter: buscar o Reino em primeiro lugar e a partir desse compromisso desfrutar de “todas as outras coisas”.

Inverter isto meus irmãos é cavar a própria sepultura existencial, pois “aquele que quiser salvar a sua vida vai perdê-la, mas quem perder a vida por minha causa, disse Jesus, vai achá-la” (Mt 16.25).

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Cristo Salva – Isso é Só o Começo!

Cristo Salva – Isso é Só o Começo
Por Bebeto Araújo

Certamente você que está aqui um dia foi desafiado a “receber Jesus como o seu Salvador pessoal” e a “crer nEle para obter o perdão de seus pecados”. Esses são desafios comuns feitos tanto dos púlpitos como numa abordagem evangelística mais pessoal.

A partir daí parece que muitos “crentes em Jesus” começam a imaginar que um dia vão encontrar com Deus na porta do céu e que lá Ele estará perguntando aos candidatos: “Você recebeu Jesus como Salvador pessoal? Seus pecados foram perdoados? Muito bem meu filho, você pode entrar!”

No entanto, meus irmãos, eu creio que a pergunta mais determinante que resume a experiência do encontro com o Cristo Salvador é: tendo recebido Jesus como Salvador pessoal e o perdão para seus pecados, que tipo de gente você se tornou?

A essência da mensagem do Evangelho não é “só Cristo salva” ou “Cristo perdoa seus pecados”. O perdão dos pecados mediante a fé no sacrifício de Cristo na cruz do Calvário não é o fim, mas o meio. O fim, o que Deus quer realmente, é deixar você parecido com Jesus Cristo (Rm 8.29; Gl 4.19; Cl 1.28).

Em outras palavras, Deus quer transformar sua vida. Isso é metanoia, a palavra grega que traduzimos como arrependimento, conversão. Ela significa “mudança de mente” ou “mente transformada” (Rm 12.2). Agiremos como Cristo na medida em que pensarmos como Cristo. O que aconteceria na nossa casa, em nossa igreja e porque não, em nossa cidade, se cada um de nós nos comprometêssemos durante um ano a não fazer nada sem antes perguntar: Que faria Jesus em meu lugar?

Como Cristo pensava, quais eram os seus valores, suas crenças? Aquilo em que Jesus cria gerava nele, impulso, força e motivação para ele tomar as atitudes que ele tomou.

Jesus cria que a razão da sua existência era fazer a vontade daquele que o enviou – Ele disse: “A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e concluir sua obra.” (João 4.34). O seu prazer, a sua satisfação, a sua alegria era fazer a vontade do Pai. Isso o motivava a fazer o que ele fez. Uma crença correta o motivou a ter atitudes corretas que resultaram em satisfação e alegria – “Depois de tanto sofrimento, ele será feliz; por causa da sua dedicação, ele ficará completamente satisfeito.” (Is 53.11 a).

Da mesma forma, crenças erradas geram atitudes erradas. Satanás usa vários representantes para inculcar em nossas mentes que, por exemplo:
- quanto mais coisas você adquiri mais feliz você é;
- que o importante é você levar vantagem em tudo o que você faz;
- que o mundo é dos mais espertos, mesmo que essa esperteza que está sendo pregada seja na verdade, desonestidade;
- que você deve ser guiado pelos seus sentimentos e desejos, pois se assim não for, você será uma pessoa reprimida;
- que as adolescentes devem usar todos os recursos possíveis para que mais e mais “carinhas” queiram “ficar” com elas – porque tudo o que nos dá prazer nos deixa mais felizes. Pode substituir a palavra “ficar” por “usar”.
Esses são alguns elementos do “Pacote de Felicidade” que Satanás tenta nos levar a crer que é verdadeiro. Mas não esqueçam que Jesus disse que ele é “o pai da mentira” (João 8.44). Sabe o que ele quer? Arrebentar com a tua vida. Ele quer ver você envergonhado, quebrado, sem sonhos, sem vontade de viver, atormentado, sem paz e sem alegria. Ele quer transformar os teus sonhos em frustrações e tristeza, é isso que ele quer.
A Bíblia nos deixa claro que a partir do encontro com Cristo, o Espírito Santo passa a agir em nossas vidas e pouco a pouco vai nos transformando, de glória em glória, em pessoas mais parecidas com Cristo (2Co 3.18). Este é o fim da salvação!
“Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2 NTLH)
Conclusão:
Você não será feliz fazendo o que você quer. Você será feliz fazendo a vontade de Deus. Porque ela sim, é boa, perfeita e agradável. Deus está certo em todas as suas afirmações e orientaçãos para a nossa vida. Ele sim quer o melhor para a nossa vida. Só crendo nisso agiremos de forma diferente, porque as nossas crenças determinam as nossas ações.
É a mudança de mentalidade, operada pelo Espírito Santo que muda os nossos valores e que altera as nossas atitudes.
Creia que a vontade de Deus é boa, prefeita e agradável. Faça opção pela vontade de Deus e essa escolha levará você a viver uma vida de satisfação, realização e significado.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

CURSO INTENSIVO DE MISSÃO URBANA

A Igreja da Vinha de Itaperuçu em parceria com a Faculdade Teológica Evangélica de Curitiba(FATEV) - estará promovendo um curso intensivo de missão urbana, veja os detalhes e participe!

CURSO INTENSIVO DE MISSÃO URBANA

Duração: 20 horas

Ministrante: Pr. Ms. Arzemiro Hoffmann

Data: 20, 21 e 27 de Setembro

Investimento: R$ 50,00 (2 x R$ 25, caso tenhamos mais de 20 inscritos).
Haverá descontos para membros de uma mesma família.

PROPOSTA DO CURSO: CONTEÚDOS

A TEOLOGIA BÍBLICA DA CIDADE
1.1 - Procedimentos metodológicos

1.2 - A cidade no Antigo Testamento
Os construtores de cidades
O povo de Deus sob a opressão citadina
A cidade da justiça e da paz

1.3 - A cidade na percepção de Jesus e dos Apóstolos
Jesus: de cidade em cidade da Galiléia à Jerusalém
A missão urbana a partir de Jerusalém
A expansão urbana do cristianismo

A IGREJA E O PROCESSO DE URBANIZAÇÃO NO BRASIL

2.1 – Procedimentos metodológicos

2.2 – O histórico do urbano no Brasil
O papel do Estado na urbanização
Causas da migração do campo par a cidade
A atitude das igrejas históricas na urbanização

2.3 - As lógicas da cidade
A metropolização e a favelização
O caos e o luxo urbano
As razões do crescimento Pentecostal

2.4 – Conseqüências sociais e espirituais da urbanização
Conseqüências da migração desintegração familiar, social,
espiritual...
A ação das igrejas no caos urbano

O PANORAMA RELIGIOSO BRASILEIRO

3.1 - Procedimentos metodológicos

3.2 - O catolicismo Romano
O projeto colonialista português e a Igreja
As Ordens Religiosas e seus empreendimentos
O rosto diversificado do catolicismo de nossos dias

3.3 – O Protestantismo no Brasil
O Protestantismo Ecumênico
O Protestantismo Evangelical
O Protestantismo Pentecostal e Neo-Pentecostal


COMO ELABORAR UM PROJETO MINISTERIAL PARA A CIDADE

4.1 - Procedimentos metodológicos

4.2 – Um estudo baseado no livro de Neemias
Conhecimento e sintonia com o contexto da dor coletiva
A compaixão e a organização da comunidade
A superação das adversidades e a restauração espiritual

4.3 - A missão urbana na Pós-modernidade
A relatividade das instituições, a massificação e as tribos
urbanas
Ministérios urbanos e discipulado
A igreja em núcleos e a reconstrução do pertencimento

Leitura:
HOFFMANN, Arzemiro, A Cidade na Missão de Deus, Editoras: CLAI/Sinodal/Encontro, Curitiba/PR, 2008, 2.a reimpressão.

INSCRIÇÕES E MAIORES INFORMAÇÕES FALAR COM
BEBETO
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O QUE DEUS DESEJA DOS SEUS SERVOS?

O QUE DEUS DESEJA DOS SEUS SERVOS
POR JOHN WIMBER
“Ao invés de manter os meus olhos nos grandes homens de Deus,
Eu prefiro mantê-los no Grande Deus dos homens”


Eu sempre disse ao John que, com a sua cabeça e o meu corpo nós poderíamos ter ido longe. John tinha o corpo terrível com angina, câncer, derrame
e problemas cardíacos.

Deixe-me dar a você uma idéia de quem John realmente era... Bem no início de sua caminhada, John era um Quaker, quando ele se entregou a Cristo como seu Salvador e Senhor e tornou-se um discípulo de Jesus. Num certo dia, quando John ia falar num Acampamento para famílias chamado “Quaker Meadow”, então o coordenador do retiro disse a John que havia uma senhora por lá que tinha um dom profético e que ela tinha uma “palavra” para ele. Bem, naqueles dias, nós realmente não sabíamos bem o que era uma profecia pessoal, então John se encontrou com aquela senhora e seu pastor. Ela se assentou diante de John e começou a chorar. Finalmente, ele disse: “Será que a senhora poderia parar de chorar e me dizer, afinal, o que a senhora tem de Deus para mim?” Ela disse: “É isso. O Senhor está chorando por você.” E então ela continuou: “Quando é que você vai assumir o seu lugar? Deus fez de você um vice-rei para as nações.”

Na verdade, a única coisa que conhecíamos por “Vice-Rei” era uma marca de cigarros. Então, honestamente, ele não teve como entender aquela coisa toda. No entanto, Carol, sua esposa, sendo a pessoa estudiosa que é, verificou no dicionário do quê se tratava. Ela, então, tinha idéia daquilo que Deus estava para fazer através de John, mas este termo “vice-rei” o levou para fora dos Estados Unidos, às nações.

Pude observar de perto John como amigo, cooperador e membro da família. Ele sempre repetia: “Tudo o que estou tentando fazer é ler o livro e fazer o que ele me diz pra fazer!” John tinha sua forma prática de pensar em tudo o que fazia. Eu poderia lhe contar histórias e mais histórias desse tipo. Mas, a melhor coisa a respeito de John, é que ele sabia, de fato, quem ele realmente era. Eu me lembro bem de uma vez quando ele ficou sabendo sobre um homem que ele tinha levado ao Senhor, anos antes, e que então estava morando a, cerca de, 33 quilômetros de John. Ele ouviu dizer que aquele homem havia se desviado de Deus e que não estava passando bem. Então, ele foi, dirigindo, ver aquele homem e conversar com ele. Assim, o homem se arrependeu e novamente começou a seguir o Senhor. Isso é, simplesmente, fantástico pra mim. Ali estava um homem que aparecia constantemente nas capas de revistas e na TV, e então naquele momento estava preocupado com aquele “único” homem que não estava andando com Deus.

John nunca entendeu porque as pessoas ficavam maravilhadas e queriam tanto conversar com ele. O fato, simples como o era, é que John queria seguir Jesus e fazer qualquer coisa que Deus colocasse em seu coração. Ela não era apenas um “homem gordo a caminho do céu”. Ele era “um homem gordo tocando saxofone a caminho do céu”.
(Extraído do culto em Memória de John Wimber, 1997)
Bob Fulton e sua esposa Penny têm estado envolvidos com a Vineyard desde seus primeiros dias. Atualmente eles estão na Vineyard de Anaheim, fazendo missões e liderando estudos Bíblicos para jovens adultos.

Houve um maravilhoso dia de verão do qual não pude aproveitar nada. Eu tinha chegado à conclusão que já estava cheio de tanta coisa e disse tudo isso a Deus. Eu já estava trabalhando há semanas sem um descanso sequer, fazendo todas as coisas que os pastores fazem: ministrando às pessoas, pregando, preparando pregação, atendendo ao telefone dez vezes por hora, fazendo o trabalho administrativo que eu detesto. E aquele era o meu dia de folga. Era um lindo dia. Minha esposa, Carol, e eu estávamos terminando de nos preparar para ir à praia e, de lá, sairíamos para um restaurante, jantar “fora”. Eu estava com vontade de comer comida mexicana naquela noite.

Então, o telefone tocou. Relutando, atendi. Era uma daquelas pessoas da igreja que eu, normalmente, evitava. Quando ela entrava por uma porta, eu saía pela outra – se tivesse a chance. Desta vez, porém, não tive a menor chance de escapar. Ela estava com um terrível problema em sua vida, com o qual eu simplesmente teria que lidar: não amanhã, nem no dia seguinte. Agora. Exatamente no meu dia de folga.

Exteriormente, eu tranqüilizei aquela mulher, usando a minha voz pastoral mais sonora, e pedi o endereço e as dicas para chegar até à sua casa. Internamente, eu tava furioso. Eu desliguei o telefone e saí agitadamente pelas portas dos fundos de minha casa. Olhei para o céu. Eu não sacudi o punho, exatamente, para Deus, mas joguei minhas mãos para cima, no ar, com as palmas voltadas par frente, como um mercador italiano que havia acabado de receber uma entrega, vinda de um cargueiro, com os bens adquiridos todos danificados.

“Quem o Senhor pensa que é?” Eu rugi.
Nenhum tipo de raio me atingiu para me matar, embora eu merecesse morrer por causa da minha impertinência. Eu, então, gastei os dois dias seguintes arrependendo-me do meu pecado. Deus era Deus. Eu era a criatura, criado para fazer o Seu lance.

Durante aquele período de arrependimento o Senhor me levou à uma passagem das Escrituras com a qual eu vinha quebrando a cabeça por um longo tempo: Lucas 17:7-10. Jesus está, ali, ensinando aos discípulos sobre fé, perdão e arrependimento. De repente, ele muda a direção, e começa a falar sobre ser servos.

“Digamos, por exemplo, que vocês têm um servo...” ele diz aos discípulos, “e dois de vocês estão fora, trabalhando durante todo o dia nos campos, cuidando do rebanho e, no final do dia, os dois de vocês retornam à casa, sujos, cansados e famintos... Vocês falariam a ele: venha e se assente à mesa conosco?” Perguntou Jesus. A pergunta é, obviamente, retórica. É claro que o mestre não diria ao servo para se assentar à mesa com ele. Jesus prosseguiu com a questão...

“Vocês não iriam, por acaso, dizer a ele: ‘Prepare-me a refeição, troque a sua roupa e sirva-me, enquanto eu como e bebo, e depois você poderá comer e beber?’ Por acaso ele agradeceria ao servo por ter feito o que lhe foi mandado?”

Mais uma vez, a pergunta é, obviamente, retórica. É claro que o mestre não agradeceria ao seu servo. Jesus, assim, dirige-se ao ponto da história: “Assim, também, vocês, depois de ter feito tudo o que lhes é mandado, vocês dizem: ‘Somos servos inúteis; nós só fizemos aquilo que era a nossa tarefa.”

Esta passagem fere nossas faces felizes, tipo tenha-um-bom-dia, sentimentalmente democrática. O mestre parece arrogante, sentado à mesa, enquanto o seu servo, cansado e faminto, lhe serve o jantar. Por que ele não poderia convidar o seu servo para se juntar a ele na mesa? Ele poderia, pelo menos, ter permitido ao servo que se banhasse antes de servi-lo. Mas eu chorei enquanto lia esta passagem. Por que eu deveria ser desculpado por deixar de cuidar de uma mulher em minha igreja que enfrentava problemas tão sérios? Seria apenas porque eu estava cansado e queria um dia de folga? Ou seria por que eu não havia comido num bom restaurante já havia alguns meses?

Cuidar das pessoas do meu rebanho não é nada mais do que a minha tarefa. Por acaso, eu deveria receber uma medalha todas as vezes que eu fizesse aquilo que simplesmente deveria fazer? Os discípulos de Jesus tiveram grande problema para compreender o que realmente significava ser um servo, mas, pelo menos, eles entenderam rapidamente que um servo serve. Jesus é nosso mestre e nós devemos fazer aquilo que Ele nos disser para fazer.

Nós já ouvimos estas palavras na igreja por vezes incontáveis, como também já as temos lido na Bíblia: não há, realmente, nada novo ou misterioso em torno destas palavras. “Jesus é meu Senhor”, nós afirmamos, “e nós somos os servos do Senhor”. Essas palavras parecem sair tão facilmente, artificialmente de nossos lábios. Eu, porém, penso que raramente nós entendemos o que estas palavras realmente significam.

Muitas vezes, na igreja destes nossos dias, ser um servo significa estar à frente, manipulando outros, fazendo o que nós queremos fazer, na maior parte do tempo. Na verdade, isso significa simplesmente um pouco mais do que colocar uma roupagem diferente nas maneiras de comportamento do mundo, porém, numa linguagem “religiosa”.

Se você não entende o que significa ser um servo, ou se você, de fato, entende, mas percebe que falha ao agira de maneira coerente, sinta-se consolado. Você está na melhor companhia. Jesus ensinou aos seus aprendizes, ou discípulos, como servir, pela palavra e exemplo durante os seus três anos de contato pessoal com eles. No entanto, eles eram pessoas comuns, como eu e você. Eles, entretanto, falharam repetida e consistentemente em assimilar o que Ele quis dizer de tal forma, que o espetáculo torna-se quase cômico.

O MODELO DE LIDERANÇA DE JESUS

Quando Jesus foi transfigurado em glória bem diante dos seus olhos e foram reunidos por Elias e Moisés, qual foi a reação de Pedro? Ele queria construí três tendas para aqueles ícones espirituais, e assim eles poderiam ficar “no pedaço” (e, presumivelmente, dar a Pedro grande autoridade). Os apóstolos, no entanto, ainda não entenderam mesmo depois que Jesus ressuscitou dos mortos. “É agora que o Senhor vai restaurar o reino a Israel?” Eles lhe perguntaram no monte, e a resposta de Jesus foi retornar ao Seu Pai.

Por três anos, Jesus ensinou acerca do Reino de Deus, e por três anos os seus aprendizes entenderam que Ele estava se referindo a um reino deste mundo. Eles tinham a ansiosa expectativa por este reino e, provavelmente, eles pensavam sobre como eles iriam recompensar os seus amigos, acertas as contas antigas com os seus inimigos e ainda arranjar meios para que seus parentes pudessem ter bons empregos, com a chegada do Reino.

Nós sabemos, e isso é fato, que eles costumavam fazer brincadeiras entre eles por trabalhos com condições melhores. Essa rivalidade levou ao evento ocorrido num certo dia em que a mãe de Tiago e João teve a audácia de perguntar a Jesus se ele poderia fazer o favor de colocar um dos seus “meninos” à Sua direita e o outro à Sua esquerda no reino. Os outros discípulos ficaram simplesmente indignados ou ouvirem aquilo, mas eu imagino que eles ficaram assim porque ela havia feito o pedido primeiro, e não porque tivessem entendido sobre o que se tratava o negócio do Reino, nas palavras de Jesus. Eu posso até imaginar eles dizendo uns aos outros: “Vocês ouviram o que a mãe do Tiago e do João pediu? Vocês já ouviram uma afronta maior do que esta?” Eles queriam ser oficiais importantes no reino, sobre a autoridade de Jesus, é claro. Jesus aproveitou aquela ocasião para explicar a diferença entre o serviço no Reino de Deus e o modelo de autoridade que há no mundo, num contexto secular.

Ele começo o processo valendo-se de um modelo de liderança que eles já conheciam: “Vocês sabem que as autoridades dos Gentios governam sobre eles”, Ele disse “e seus grandes homens, os líderes, exercem domínio sobre eles”. Os seguidores de Jesus, certamente, sabiam disso, uma vez que os Romanos haviam instaurado um rei, manipulado por eles, para dominar sobre Israel, e enviando navegações com cargas de azeites, figos e vinho daquelas terras, enquanto extorquiam o povo através de altos impostos, até que eles gemessem. Eles dificultavam as suas observâncias religiosas, é claro. Um bando de judeus ambiciosos, bajuladores e companheiros de viagens havia se espalhado pela corte daqueles pagãos como cogumelos numa caixa úmida e escura. Mesmo os “reformadores” – os Fariseus – estavam buscando poder. Eles desejavam obter o controle da vida religiosa do povo.

É verdade, os discípulos sabiam tudo sobre os governantes que “governavam daquela forma, sobre eles”. Nós também sabemos tudo sobre isso, não é verdade? De fato, em nossos dias, nós exercemos certa tirania de maneira mais eficiente e, no entanto, desumana, do que os Romanos fizeram. É exatamente à este modelo de liderança que Jesus demonstra o contraste do Seu.

“No entanto, não será assim entre vocês”, foi o que Ele disse. “Mas, aquele que quiser ser grande entre vocês, seja o que serve, e aquele que desejar ser o primeiro entre vocês, seja o escravo.” Jesus conclui oferecendo a Si mesmo como o novo modelo: “O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate por muitos”.

Isso soa tão atrativo, não soa? Nós nos tornamos Cristãos e rompemos totalmente com todo aquele horrível sistema de autoridades do mundo: homens e mulheres trapaceiros, com seus dinheiros sujos, com quem temos que fazer negócios, os políticos ambiciosos, os chefes insensatos para quem trabalhamos, os tiranos sanguinários que oprimem a maioria das pessoas no mundo. Nós substituímos tudo isso com a liderança que é serviço. Nós devemos ajudar as outras pessoas. Devemos ser pessoas bondosas e simpáticas, fazendo aquilo que o Senhor deseja que seja feito. Enfim, servindo.

Isto soa, por acaso, algo fácil? Não, realmente não. Deve ser algo duro. Não somos muitos, entre nós, os que servem à maneira de Jesus. Eu não sirvo assim. De fato, eu não vejo muitas pessoas nas igrejas que o façam. Muitos conseguem fazer, razoavelmente, alguns trabalhos “seculares”, no contexto da igreja, e chamam isso de “serviço”, e ainda criam certos cargos “seculares” e, denominam a si mesmos como “servos”. O poder radicalmente transformador do Senhor não penetrou, de fato e, muitas vezes, nós realmente não desejamos que isso aconteça.

Quando o Senhor começou a mudar radicalmente a minha maneira de pastorear, lá nos anos 70, Ele iniciou o processo exatamente no meu entendimento acerca do significa ser um servo. Naquela época, eu era reconhecido como um expert em Crescimento da Igreja. Eu viajava constantemente por toda parte dizendo aos pastores sobre como promoveriam o crescimento em suas respectivas igrejas, e eu era bom naquilo que eu fazia. As pessoas me elogiavam e, por isso, eu pensava que Deus também estava gostando do que eu fazia. Eu estava fazendo muitas e muitas coisas para Ele – como um servo, é claro! Eu não era nenhum tirano brutal e nem estava impondo a minha vontade com mãos de ferro. Eu não pensava que eu fosse um Saduceu ou mesmo um governante Romano. Eu arrancava a flor do Farisaísmo que, continuamente, brotava em minha vida.

Entretanto, eu era um homem em ação. Eu era um sucesso, e eu media o sucesso na igreja da mesma forma que um típico americano faria: pelos números. O Senhor me mostrou quão errado eu estava e, em obediência a Ele, eu parei de dar o seminário sobre Crescimento da Igreja, voltei para casa, e esperei até que a minha próxima viagem ministerial acontecesse. Eu esperei. .. E esperei... E esperei. Então, finalmente, eu disse ao Senhor: “O meu tempo está sendo desperdiçado aqui, Senhor. Quando é que vou poder começa a contatar as pessoas e falar a elas a respeito do Senhor?” Em seguida, ouvi o Senhor dizendo: “Venha para a minha Presença, John.” “Senhor, eu sou um evangélico. O Senhor, por acaso, não sabe o que significa ser um evangélico? Eu fui chamado para ser um evangelista: esta é a maior prioridade da Igreja!” E aí, eu ouvi o Senhor dizendo: “Liberte-se do seu escritório e desligue o seu telefone”, e acrescentou: “Apenas Me adore. Chore bastante!”

O Senhor, então, me levou à história sobre Marta e Maria. Eu tinha, até então, certa aversão àquela história. Para falar a verdade, Maria era uma dos meus personagens bíblicos menos favoritos. “Ela é uma covarde, Senhor...” Eu murmurei. “Eu não gosto deste tipo de gente que fica assentado assistindo os outros, sem fazer nada! Eu sou um ativista, eu tenho muitas coisas para ver e fazer.” “E Eu estou entre estas coisas?” Eu ouvi o Senhor falando a mim. “Bem, é claro que o Senhor está... Eu estou fazendo tudo isso para o Senhor!” Então, eu me senti um tanto quanto chocado, sentindo-me como se tivesse ouvido a resposta que o Senhor teria me dado, de volta: “Não, John, você não está fazendo nada disto para Mim, você está fazendo isso para você mesmo. Você deseja ser um sucesso!” Aquilo me atingiu com muita força. Naquele exato momento, a Palavra do Senhor penetrou até a medula. Pude, então, perceber que o Senhor esta certo. Eu realmente desejava me dar muito bem na carreira que desenvolvia. Eu comecei considerar dias passados, em minha vida, e comecei a entender o que Senhor fez por mim e onde eu me posicionei em relação a Ele.

Ele me salvou quando eu tinha 29 anos de idade, quando eu estava a caminho do inferno. O Senhor jogou uma linha de tempo diante de mim e me empurrou para fora daquele bonde. Nos anos que seguiram, meu casamento melhorou, meus filhos foram ajustados, minha família prosperou e outras bênçãos caíram sobre nós, com grande abundância. No entanto, nada daquilo havia sido prometido a mim naquela noite quando me ajoelhei no chão da sala da casa do meu melhor amigo, soluçando até às minhas entranhas em pura ação de graças. Era o suficiente para ser salvo. Sinceramente, eu acho que ninguém mencionou uma palavra, sequer, a respeito do céu naquela noite. Eles simplesmente me disseram que eu não precisava carregar mais o peso dos meus pecados sobre mim. Eu fiquei muito feliz ao saber que podia sair fora daquela condição.

Como é que esse milagre veio à tona? Eu percebi que não poderia mais manter o controle da minha vida, e assim, pedi a Jesus que se tornasse o Senhor e tudo. E o que aquilo significava? Significava simplesmente que Ele era o Senhor e eu não. Esta era, sem dúvida alguma, a questão. Eu o pedi para ser o Senhor da minha vida porque eu havia feito da minha tarefa uma bagunça, e não gostaria de lidar com isso mais, principalmente porque sabia que eu mesmo não tinha condições de fazer mais nada. Eu agora era um servo, um subordinado. Eu sou apenas um camarada que pegou as instruções e confiou totalmente no poder do Mestre para ver que as ordens estavam sendo executadas.

Algumas vezes, quando eu dou uma passeada por alguma livraria Cristã, ou mesmo vejo e ouço algum pregador na TV, eu me admiro porque é que todas as pessoas não se tornam Cristãs. O “pacote”, apresentado ali, do Cristianismo inclui como material: prosperidade, um casamento melhor, filhos piedosos, melhor gerenciamento da vida, uma vida sexual melhor, um orçamento que funciona, uma auto-imagem que irá sobressair aos seus defeitos, e terá uma pela bem cuidada, brilhante e divina. Esses benefícios realmente são derramados sobre vários Cristãos, muitas vezes. Por que é que nem todos entram na fila para receber os seus? Talvez seja porque alguns desses benefícios estão na periferia do ponto central. Nós estamos aqui para servir aos propósitos de Deus e não aos nossos próprios. A verdade é que alguns, dentre nós, são abençoados materialmente e outros não. Alguns vêem os seus casamentos melhorarem após a conversão, enquanto outros não. No entanto, cada Cristão deve fazer de Jesus o Senhor absoluto de sua vida.

Fomos salvos da morte eterna, não para seguir as nossas próprias fantasias, mas para fazer a vontade de Deus e servir aos Seus propósitos. É duro fazer isso. Felizmente, o Senhor nos deu a habilidade de sermos servos fiéis. O Espírito Santo de Deus nos guia e capacita, mas também é um fato de que o fato da conversão a Cristo em si nos liberta da escravidão ao antigo estilo de vida e suas paixões.

Eu vivo no Sul da Califórnia e, naquela parte do país não há um momento mais adequado para ter um diálogo com Deus e aprender importantes verdades espirituais do que quando estamos assentados, parados, em meio ao trânsito na freeway (rodovia). Foi naquele lugar onde eu aprendi sobre a situação da minha conversão a Cristo. Esse diálogo aconteceu enquanto eu estava em luta em relação a um novo ministério que desejava, mas também do qual o Senhor estava me mantendo distante. Enquanto eu dirigia, Deus começou a me mostrar todas as conversões que eu já havia experimentado em minha vida. A primeira foi a minha conversão ao cigarro Pall Mall, quando eu tinha 13 anos de idade. Depois ocorreu uma sucessão de outras conversões: à música, a vários e diferentes estilos de vida, a certos grupos de pessoas, a um ideal de sucesso e a certo padrão de relacionamentos.

Havia um fio em comum que fazia ligação entre cada uma dessas conversões. Eu havia optado por cada uma delas como fruto do meu desejo de ser bem sucedido. Eu queria ser famoso, conhecido, ser alguém. Então, um pensamento me veio à tona: Teria eu me convertido a Jesus Cristo pela mesma razão? Será que, porque eu havia pensado assim, isso teria me feito sentir como se eu tivesse me tornado “alguém”? Então, eu ouvi o Senhor falar comigo: “John, quando é que você vai acreditar que já é alguém? Eu fiz de você, alguém. Eu o comprei, com o Meu sangue, e lhe chamei para ser Meu. Pare de se preocupar sobre quem você é!” Eu fiquei tão envolvido por emoção que dei um jeito de, imediatamente, estacionar o carro na beira da estrada e aí abri a minha Bíblia. Eu a abri no evangelho de João, capítulo 2 – a história do Batismo de Jesus. Meu dedo caiu bem em cima das seguintes palavras: “Este é o meu Filho, em quem eu me agrado”. Eu fiquei totalmente desconcertado. “Eu não entendo, Senhor.” Então o Senhor respondeu: “Este é o ponto, John. Você não entende. Você sabe, àquela altura da história, o quanto, em termos de serviço, eu já tinha oferecido ao meu Pai?” “Nenhum, Senhor”, eu respondi. “Isso mesmo John, e ainda assim Ele se agradava em mim”.

Aquele episódio foi uma checagem da realidade. Eu já conhecia o Senhor por 14 anos e estava sempre buscando pela aprovação dEle. Então eu percebi que a aprovação já tinha vindo quando Pai viu o Seu Filho em mim, e não pela obra que havia feito. A chave á relacionamento. Jesus tem relacionamento com o Pai, e eu tenho relacionamento com Jesus. A essência desses relacionamentos é a mesma: mestre e servo. Enfim, eu estava começando a entender.

O que um servo faz? A resposta mais fácil é dizer que um servo serve, porque ele faz o que o seu mestre deseja ver feito. No nosso caso, toda a criação está sujeita ao nosso Mestre porque Ele é um Rei com uma realeza tão grande que existem muitas coisas que precisam ser feitas. Nós fazemos a obra do Rei. E que obra é esta? Existe uma mística terrível acerca do “serviço” que anda enchendo a igreja. “A obra do Senhor” tende a ser solenemente entoada e encaminhada à competência dos especialistas em religião, tornando-se, assim, identificada com certos “ministérios” altamente visíveis como ensino, pregação, plantador de igrejas, ou ainda com algo do tipo ser um presbítero (diácono, ancião etc...), pastor ou um conselheiro.

A verdade é que a obra do Senhor é feita à base de humildade. Todas as pessoas deveriam servir desta forma, e deveríamos fazer isso com imensa alegria. Nós aprendemos a ser servos do Mestre através da imitação da maneira como o nosso Mestre serve ao Senhor. Jesus fez tudo o que o Pai queria que Ele fizesse na terra. De fato, tudo o que Ele fez foi a vontade do Seu Pai. Ele gastou muitas horas em comunhão buscando a vontade do Seu Pai, vivendo uma vida de total dependência da presença, da voz e do direcionamento do Seu Pai.

Uma das melhores imagens de Jesus como servo é encontrada em Filipenses. Aqui Paulo descreve o auto-esvaziamento indescritível de Deus, tornando-Se humano:
“Quem, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz!” (Filipenses 2:6-8)





A palavra traduzida como “servo”, poderia também ter sido traduzida como “escravo”. Leia a passagem novamente com esta última palavra e pense sobre isso. Jesus veio como um escravo. Já é mal o bastante ser um servo, mas, pelo menos, os servos têm algum direito. Os servos são pagos. Servos podem deixar o emprego. O servo pode compartilhar seu descontentamento acerca das condições de trabalho com o responsável pelo Sindicato dos servos. Mas os escravos não têm direito algum. Eles são adquiridos como propriedade e, por isso, pertencem ao mestre a quem eles servem. Quando Deus tornou-Se humano, Ele veio como um escravo. Pense sobre o que isso nos ensina a respeito do caráter de Deus.

O Deus-humano viveu uma vida de escravo, virtualmente destituído das “bênçãos” das quais certos livros declaram que os Cristãos deveriam se beneficiar. Jesus tornou-se um estranho para a sua própria família. Ele era celibatário e não tinha nenhuma família de Si mesmo. Ele não teve nenhum tipo de educação especial, nenhuma riqueza nem propriedades, nenhum status e nem mesmo uma casa própria. Ele gastou os últimos três anos da Sua vida como um andarilho sem ter sequer onde reclinar a Sua cabeça. Ele morreu a morte de um criminoso. Ele viveu e morreu dessa forma em obediência à vontade do Seu Pai. Eis aí o seu modelo de serviço para agir como um servo.

Qual deve ser a “aparência” deste serviço em nossas vidas? Paulo escreve aos Cristãos e explica como eles deveriam se relacionar e servir uns aos outros. “Completem a minha alegria adotando o mesmo modo de pensar, tendo o mesmo amor, vivendo em plena concordância e com uma só mente.” Este tipo de atitude soa como o ambiente da sua igreja? Seria, porventura, semelhante ao seu grupo de estudos ou grupo caseiro? Não?!!... Bem, Paulo prossegue dizendo: “Não faça nada por partidarismo (egoísmo) ou presunção, mas, em humildade, considerem os outros superiores a si mesmos”.

A “humildade” à qual Paulo se refere aqui não é aquele tipo rastejante, auto-depreciativo, que considera as outras pessoas sempre mais bem capacitadas, mais bonitas e mais atrativas do que você. Isso diz respeito à sua condição. Os servos na casa de Deus devem tratar as demais pessoas como se eles tivessem um status maior no reino. Primeiramente, um servo cuida do bem estar de uma outra pessoa, e, só então, cuida de si mesmo. A essência do serviço é viver a sua vida em favor de outras pessoas. Este é o tipo de vida que Jesus viveu, e este é o tipo de vida que, como crentes, somos chamados a viver.

Isto é o que significa um ministério autêntico: cuidar e amar os outros. Quais são os maiores atributos de um servo? Bem, é algo como aquela Parábola dos Talentos. Essa história parece sugerir que o Mestre premia quem lida com mais recursos e de maneira mais hábil. Porém, o que realmente o Mestre está elogiando é fidelidade. Os dois primeiros servos receberam elogios, não por causa do investimento que haviam feito, mas por causa da fidelidade deles diante da tarefa lhes havia sido designada. Multiplicar os bens do Mestre não era nada mais do que a tarefa normal deles, entretanto, eles foram recompensados por terem feito o trabalho como deviam. A melhor coisa que um servo pode fazer é ser fiel. “O que se requer dos mordomos é que eles sejam achados fiéis”, Paulo escreve aos murmuradores e rebeldes de Corinto. Paulo saúda os Cristãos de Éfeso chamando-os de “fiéis em Cristo”. Quando Barnabé, representando os presbíteros em Jerusalém, fez a primeira visita oficial à igreja em Antioquia, ele exortou a todos eles a “permanecerem fiéis ao Senhor com propósito firme”.

Os servos progridem no seu trabalho porque eles são fiéis. A confiabilidade de Timóteo chamou a atenção de Paulo. Mais tarde, ainda jovem, ele se torna o líder de uma igreja grande e em expansão em Éfeso. Paulo é cuidadoso ao dizer a Timóteo que este deveria ter atitude de respeito diante das pessoas mais velhas que estavam sob o seu cuidado. Como as coisas, no entanto, são diferentes no mundo! Quando foi a última vez que alguém conseguiu uma grande promoção, em sua empresa, simplesmente pelo de ele ou ela ter feito um trabalho fielmente? Claro que as pessoas conversam sempre sobre a importância de serem dependentes, confiáveis e fiéis. Mas, via de regra, a recompensa vai para aqueles que são “agressivamente” confiáveis, ......... e fielmente adeptos ao jogo promovido pela política da empresa.

Eu ainda ousaria lhe perguntar que tipo de qualidades tem as pessoas em sua igrejamodelo?

As regras são diferentes no Reino de Deus por uma razão muito simples: Não há nada que podemos fazer por Deus. Ele está trabalhando no mundo e pode nos usar para o seu trabalho se escolhermos adotar a atitude de um servo humilde, ouvindo o Espírito Santo e agindo de acordo. Mas não teremos utilidade alguma se nos firmarmos em nossos próprios modelos de liderança e sucesso.

Mas é isso exatamente o que a gente faz. Nós vemos um executivo talentoso, um vendedor cheio de energia, um professor charmoso, um brilhante pensador e dizemos, “se essa pessoa fosse salva, então Deus iria poder fazer muita coisa!” E isso é tão retrógrado! Deus não precisa dele, mas ele precisa de Deus.

Nós dizemos, “Uau! Aí está uma pesoa criativa, cheia das idéias de Deus. Se ele fosse salvo e trouxesse essas idéias para o Reino.” Mas, de novo, Deus não precisa de boas idéias; Deus quer servos.

Olhe para seu passado para entender o poder de Deus que veio para te resgatar. Olhe para a maldade em seu coração nesse momento, para entender a grandeza do amor de Deus. Não existem super estrelas no Reino de Deus! Não existem executivos de escritório, diretores criativos brilhantes, músicos em ascensão, somente servos dos quais os olhos estão sempre fixos em Jesus Cristo. Ele é o modelo de servo, o servo de todos os servos.

Muitas vezes, nosso serviço no Reino é um serviço da boca pra fora. Nossos lábios dizem: É claro, eu quero sempre estar debaixo da direção e controle imediatos de Deus.” Enquanto isso, nossas mentes dizem, “Mas se você realmente quer que isso seja feito, você tem que fazer isso acontecer.” E nós fazemos todas essas coisas “No nome do Senhor”, é claro, mas geralmente não é no nome do Senhor de jeito nenhum.

O fato é que nossa carne se rebela contra a submissão ao controle e à autoridade de Deus. Ela odeia estar fora do centro. Nós somos infinitamente cheios de recursos para inventar um tanto de abordagens e técnicas que irão nos permitir a aparência de estar fazendo uma coisa, enquanto na verdade estamos fazendo outra. Dizemos, “Senhor, Senhor” com nossos lábios mas nossos corações estão longe do coração de Deus.

Paulo estava mencionando esse modelo mundano de liderança quando ele escreveu suas cartas à igreja de Corinto. Os Coríntios estavam pensando em termos de facções: Quem estava do lado de Paulo? Quem estava no grupo do Apolo? Quem estava no campo de Pedro? Qual partido realmente estava na direção do comitê? Paulo escreve:

É assim que alguém deve se lembrar de nós, como servos de Cristo e mordomos dos mistérios de Deus. 1 Coríntios 4:1

Nós também somos mordomos, e os mordomos de Deus protegem, conservam e preservam o Evangelho. Eles não refazem os mistérios de Deus, dão uma melhorada neles ou editam. Um mordomo Cristão fiel se torna um instrumento que Deus usa para proclamar o evangelho. Foi isso exatamente que Paulo fez quando foi confrontado pelos Coríntios competitivos que tinham os corações longe de seus mestres. Ele pregou o Evangelho. De novo, Paulo explica:

Portanto ninguém se glorie no homem! Tudo é vosso, seja Paulo, seja Apolo, seja Cefas, seja o mundo, seja a vida, seja a morte, seja o presente, seja o futuro, tudo é vosso, e vós de Cristo e Cristo de Deus. 1 Coríntios 3:21-23

Tudo é nosso. Perdão, Salvação, vida eterna. Pertencemos a Cristo. E somos mordomos do mistério e oferecemos a quem está ferido. Isso é mais criativo que a sua melhor idéia; tem mais sabedoria que seu pensamento mais profundo; traz mais cura que seu melhor cuidado.

Tome seu lugar como um servo. Compareça à presença de Deus no mais profundo do seu coração e faça o que Ele manda você fazer. Seja fiel nisso e deixe o poder de Deus fluir através de você.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Festa na Comunidade do Caçador

Esse final de semana estivemos na comunidade do Caçador para realização de uma festa com características das festas juninas. A festa havia sido planejada já a algumas semanas e neste último sábado graças a trégua das chuvas tornou-se realizável sua execução.

Estivemos reunidos como uma grande família, onde a maioria participou trazendo alimentos e juntos tivemos um tempo bastante agradável.


Realizamos um Casamento Caipira, brincadeira típica de nossas festas. Durante o casamento houve boas risadas principalmente por parte das crianças.


A alegria é uma marca do Reino de Deus, e transmiti-la é uma missão para quem serve a este Reino.

Fomos abençoados por nossos irmãos do Caçador, e acredito também abençoamos suas vidas. Pudemos vivenciar o fato de não sermos apenas uma igreja para a Comunidade do Caçador, mas uma igreja com a Comunidade do Caçador, que trabalha junto, brinca junto e prova da ação do Nosso Deus juntos.
A tarefa continua. O alvo de participar da transformação que o Senhor está promovendo nesta comunidade faz parte da vida de nossa igreja. Não somos nós que promovemos, é o Senhor que age, e nós nos sentimos honrados por sermos seus cooperadores. O Senhor faz as coisas mais belas acontecer, transforma os fracos em fortes, os tristes em alegres, os sem esperança encontram a Ele e passam a não somente ser esperançosos, mas a transmitir aos outros a verdadeira razão da sua Esperança.


À Jesus seja a Honra e Glória, Ele que é a razão da nossa Esperança, amém.

Festa na Comunidade do Caçador

Esse final de semana estivemos na comunidade do Caçador para realização de uma festa com características das festas juninas. A festa havia sido planejada já a algumas semanas mas até o último sábado as chuvas tornaram irrealizável sua execução.






Estivemos reunidos como uma grande família, onde a maioria participou trazendo alimentos e juntos obtivemos um tempo bastante agradável.
Realizamos um Casamento Caipira, brincadeira típica de nossas festas. Durante o casamento houve boas risadas principalmente por parte das crianças.
A alegria é uma marca do Reino de Deus, e transmitir alegria é uma missão para quem serve a este Reino.
Fomos abençoados por nossos irmãos do Caçador, e acredito também abençoamos suas vidas. Pudemos vivenciar o fato de não sermos apenas uma igreja para a Comunidade do Caçador, mas uma igreja com a Comunidade do Caçador, que trabalha junto, brinca junto e prova da ação do Nosso Deus junto.
A tarefa continua. O alvo de participar da transformação que o Senhor está promovendo nesta comunidade faz parte da vida de nossa igreja. Não somos nós que promovemos, é o Senhor que age, e nós nos sentimos honrados por sermos seus cooperadores. O Senhor faz as coisas mais belas acontecer, transforma os fracos em fortes, os tristes em alegres, os sem esperança encontram a Ele e passam a não somente ser esperançosos, mas a transmitir aos outros a verdadeira razão da sua Esperança. À Jesus seja a Honra e Glória, Ele que é a razão da nossa Esperança, amém.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Caçador - Filme Jesus


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Neste sábado, 02 de agosto de 2008, estivemos na comunidade do Caçador, onde além de executar atividades que já fazem parte da rotina estabelecida pela equipe do Expresso Saúde, assistimos junto da Comunidade ao filme, JESUS (Evangelho segundo a narração de Lucas). Foi um tempo agradável, fizemos um “cinema” apresentando o filme em um telão, com direito a pipoca e refrigerante. As pessoas pareceram muito interessadas no acontecido. A idéia central dessa apresentação foi demonstrar a opção de Jesus pelos marginalizados e a mensagem da Graça trazida por Ele, para a salvação de todo aquele que n’Ele crê.
Com relação à viagem, foi um dia bastante desafiador no interior, pois a lama era grande devido à chuva. Mas, Graças ao cuidado do Senhor, fomos e retornamos sem grandes problemas. Ao Senhor Jesus, honra glória e louvor, e o nosso agradecimento a Ele por podermos participar do que Ele está fazendo.

Comentário sobre o filme

Por Sr. Antonio - Líder Comunitário

segunda-feira, 28 de julho de 2008

MÃOS A OBRA



Na semana que passou, tivemos o privilégio de receber em nosso meio uma equipe da Igreja da Vinha de Piratininga. Pessoas envolvidas com o curso de discipulado intitulado, Mãos a Obra. Foi um tempo de edificação, e pudemos evidenciar que o Senhor Jesus tem uma grande família ao redor da terra, pessoas diferentes, na forma de agir, de pensar e de falar. Porém, com um coração voltado para o Senhor, guiados por um só Espírito, apaixonados por Jesus, e dispostos a fazer sua vontade. Foi um tempo muito especial, onde houve trocas de experiências, e mutua edificação. Foram dias de muitos relacionamentos para a equipe e oportunidade para compartilhar das coisas que o Senhor tem feito em suas vidas, fato que fortaleceu os ânimos de muitos em nossa igreja. Fica o nosso agradecimento a: Tony, Rafa, Rosangela, Rui e Flávia. Desejamos que o Senhor de tudo, o qual Reina sobre toda a terra, que conduz a história, permaneça a guiar a história individual de vocês, e a história coletiva que está sendo escrita através da suas vidas em sua igreja e sua comunidade. Estamos trabalhando juntos, mesmo geograficamente distantes, temos o mesmo objetivo, anunciar a chegada de um Reino de amor, paz, justiça, verdade e alegria, estamos juntos anunciando a boa notícia de que Jesus pagou com sua vida, por cada um de nós, para que vivêssemos uma vida abundante, mesmo que cada um de nós sejamos falhos, mesmo que sejamos fracos, Ele decidiu nos amar. Por isso, estamos dispostos a dar Ele o louvor que lhe é devido. MÃOS A OBRA, permaneçamos a colocar a mão no arado, sem olhar para traz, vejamos o que o Pai está fazendo e façamos também.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Sermão do dia 20 de Julho de 2008

Alegria, mesmo em meio ao sofrimento.
Por Bebeto Araújo

Uma das marcas do Reino de Deus sem dúvida nenhuma é a alegria – “Pois o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo”. (Rm 14.17). A alegria é uma das marcas da vida do cristão - Paulo escrevendo aos romanos diz: “Que o Deus da esperança os encha de toda alegria e paz, por sua confiança nele, para que vocês transbordem de esperança, pelo poder do Espírito Santo”. (Rm 14.13)

Nós associamos muito alegria a ausência de problemas. Quando olhamos para o relato de Lucas sobre o início da igreja e a explosão de crescimento dos primeiros anos, percebemos que a alegria dos cristãos não estava atrelada à ausência de sofrimento, mas sim ao fato deles terem aprendido a esperar que o Deus do impossível fizesse o impossível acontecer.

Sempre nos lembramos de Atos como um livro que descreve um Deus que intervém sobrenaturalmente. Línguas de fogo desciam sobre os discípulos; coxos passavam a andar; demônios eram exorcizados; anjos socorriam os apóstolos; até a sombra de Pedro se transformava num instrumento de cura. Mas, por outro lado, Estevão foi apedrejado até a morte; Paulo, preso e açoitado; homens e mulheres fiéis foram passados ao fio da espada ou lançados aos leões.

Mas, de maneira surpreendente, entre milagres e tragédias, o nome do Senhor Jesus era glorificado, e a igreja, resistente, avançava. Porque mesmo quando Deus não age sobrenaturalmente Ele continua sendo o Senhor da situação, Dono absoluto da nossa vida e da nossa história, Soberano e bondoso Rei.

Mesmo que você esteja enfrentando uma crise pessoal, ou talvez a enfermidade bateu à sua porta, mesmo que o seu negócio esteja enfrentando uma crise ou seu sonho não tenha se realizado, somos convidados a compreender uma verdade: tanto na felicidade, como na tragédia, é preciso olhar além da vida e entender que o projeto maior da nossa existência – glorificar a Deus – é incontestável e não pode ser revogado por nada.

No capítulo 8 de Atos, Lucas inicia a narração afirmando que “levantou-se grande perseguição contra a igreja em Jerusalém”. No original, para falar “perseguição”, ele escolheu o termo grego diogmos, que significa “desenvolvimento de um programa sistemático para opressão de um povo”. Esse termo está associado a ações planejadas para fazer um povo sofrer, causar dores, punir com o sofrimento. O quadro pintado aí é o de uma igreja que passa a experimentar, de forma física e violenta, o amargo sofrimento. E ele descreve os ingredientes dessa diogmos: o sepultamento de Estevão, o aprisionamento dos fiéis e a dispersão da igreja.

No v.2, quando é mencionado o sepultamento de Estevão, Lucas relata que houve grande “pranto”, o termo usado aí é kopetos. Pode ser lido literalmente como “bater no peito”, e indica o sofrimento emocional, a dor da alma, o choro inconformado do coração. Ao lado de diogmos, essa expressão apresenta uma igreja em sofrimento físico e emocional. O ataque vinha de diferentes lados, pois, paralelamente à opressão física, como as prisões, os martírios e os espancamentos, havia também a emocional, como o medo, a insegurança e a saudade dos que partiam.

No v. 3, Lucas diz que Saulo “assolava” a igreja. Mais uma vez ele escolhe cuidadosamente o termo. Dessa vez usa elumaineto, para demonstrar o sofrimento dos crentes. Esse termo deriva de lumaino, aponta para uma assolação (destruição) não apenas física e emocional, mas também espiritual. É a mesma palavra usada em João 10.10, quando lemos que o diabo veio roubar, matar e “destruir”. O ataque tinha o objetivo não apenas de abater o corpo e desestabilizar as emoções, mas também de destruir a fé.

O que temos aí nesses três primeiros versículos? A igreja enfrentando fortíssimo ataque físico (diogmos), emocional (kopetos) e espiritual (lumaino). Logo, podemos concluir que essa igreja vibrante e fiel também sofria. Os cristãos enfrentavam uma oposição sobre-humana, que atacava o corpo, fazia doer a alma e tentava roubar a fé.

O sofrimento continua presente entre o povo de Deus. Ainda hoje a violência cai sobre a família; o irmão perde sua vida num acidente estúpido; o desemprego e as dívidas tiram o sono e a paz de muitos crentes; às vezes a doença terminal entra em nossa casa; muitos abandonam o Senhor por causa dos problemas e crises; outros se intimidam de testemunhar perante os seus amigos com medo de serem ridicularizados; alguns se deixam vencer pelo desânimo.

Diante de situações assim, entendemos que o sofrimento é possível. Mas a fidelidade constante de Deus mostra-nos que, até no mais terrível sofrimento, Deus continua sendo Deus, e nunca se ausenta. Ele estará com os Seus filhos, todos os dias.

Os próximos nos mostram o outro lado da moeda: a) Nos encoraja a esperar mesmo que não estejamos vendo nenhuma “luzinha no final do túnel”; b) Nos desafia a crer no Deus dos milagres.

Compreender que estamos sujeitos ao sofrimento não significa perder a expectativa de ver Deus abrir os céus e intervir miraculosamente.

A resposta de Deus vem ao Seu povo. Deus tem sempre a última palavra no que se refere à nossa vida.

No v.1, a igreja sofria quando “foram dispersos pelas regiões da Judéia e Samaria”. Mas, no v. 4, veio vem a tremenda resposta do Senhor: “Os que haviam sido dispersos pregavam a palavra por onde quer que fossem”. Mesmo no sofrimento humano Deus fazia a história caminhar para a glória do Seu nome e para o avanço da Sua igreja.

No v. 2, a igreja sofria uma grande perda com o sepultamento de Estevão, propagador da Palavra e homem cheio do Espírito Santo. Caía ali um grande líder e incansável pregador. Mas Deus, no v. 5, dá a resposta ao sofrimento ao levantar Filipe, também cheio do Espírito Santo. E Filipe, “indo para uma cidade de Samaria, ali lhes anunciava o Cristo”. Caía Estevão; Deus levantava Filipe. Aleluia!

No v.3, Saulo devastava a igreja arrastando homens e mulheres de dentro de suas casas, levando-os às prisões. A violência estava arrasando as famílias dos crentes. Essa história, humanamente, deveria ser encerrada com muita tristeza. Mas, no v.8, o texto conclui dizendo que “houve grande alegria naquela cidade”. Deus fazia o impossível acontecer tanto no corpo, como na alma e na fé do Seu povo.


Conclusão
Meu irmão, no que se refere à sua e à minha vida, Deus nunca será surpreendido. Você pode está com o coração duro que nem uma pedra; a esperança de que algo novo pode acontecer foi embora; a alegria de servir foi vencida pelo desânimo; as decepções que você já sofreu empurram você para o isolamento; quem sabe a violência e as drogas bateram na porta da tua casa...

Mesmo assim, saiba que Deus é soberano, não perca a esperança de voltar a ser feliz porque o Deus dos impossíveis pode fazer o impossível acontecer.

NOSSA HISTÓRIA

Nossa igreja surgiu como fruto do trabalho social desenvolvido em Itaperuçu, a partir de meados da década de 80, pelo casal de missionários canadenses Earl e Ruth Trekofski, enviados ao Brasil pela Fellowship of Christian Assemblies.
Em maio de 2001 nos associamos ao Movimento Vineyard (= Vinha), sendo recebidos como igreja pela Associação de Igrejas Vineyard dos Estados Unidos. Neste mesmo encontro, Bebeto Araújo foi reconhecido como Pastor Associado ao Movimento. Em agosto do mesmo ano nos organizamos estatutariamente como igreja (05/08/2001).
A Associação das Igrejas Vineyard foi fundada por John Wimber e reúne hoje mais de 1.000 igrejas ao redor do mundo.
Nós não somos uma denominação, somos uma associação de igrejas, que cultivam os mesmos valores e princípios, sem abrir mão de nossa individualidade.
Cremos...

Na suprema autoridade da Bíblia como Palavra de Deus.
Na majestadae de Jesus Cristo sobre nós.
No Senhorio do Espírito Santo.
Na necessidade de uma conversão pessoal a Deus e não a uma igreja específica.
Na prioridade de proclamar as Boas Notícias de que Deus ama o mundo e quer salva-lo.
Na importância de que os cristãos vivam em comunhão, conectados a uma igreja local e a sua comunidade, sempre dispostos a servi-la.

NOSSOS VALORES

ADORAÇÃO (Gr. LATREIA)

A adoração representa a maneira mais óbvia pela qual a igreja cumpre seu propósito de dar honra a Deus.

Elementos da adoração:
• Oferta de louvor – a igreja é uma comunidade de sacerdotes que leva Deus um “sacrifício de louvor” (Hb 13.15; 1Pe 2.5).
• A Palavra de Deus – outro elemento básico, foi introduzido na prática cristã mediante a herança que igreja recebeu da sinagoga judaica, onde o principal elemento era a leitura e exposição da lei (Lc 4.16-27; At 13.14s).
• Contribuição financeira – Existe no AT uma riqueza de ensino quanto ao oferecimento de dízimos e oferta ao Senhor (Gn 14.20; Lv 27.30; 1Cr 26.6s; Ed 1.6; Ml 3.10). A principal passagem no NT está em 1 Co16.1-4 (cf. Mt 6.2-4; 2Co 8-9).

Aspectos da adoração:
1. O Cristo vivo está presente em nosso meio. Este fato não tem paralelo em outras religiões. Nós não nos reunimos para reverenciar uma memória, mas para celebrar uma presença.
2. O Espírito Santo dinamiza a adoração (Jo 4.24; Fp 3.3). Ele torna reais as coisas de Deus (1Co 12.3), inspira oração (Rm 8.26s), induz ao louvor (Ef 5.18s), leva à verdade (1Co 2.10-13), concede seus dons (Rm 12.4-8) e convence os incrédulos (Jo 16.8; 1Co 14.24s).
3. A adoração promove a comunhão. A adoração cristã no princípio era marcada pelo profundo cuidado uns pelos outros, e pela participação ativa na igreja (At 2.42-47; 4.32-35).

A adoração fora dos portões

A adoração na igreja primitiva não era restrita aos atos de louvor e atividades ministeriais. Os primeiros cristãos compreenderam que adoração era uma atitude que deveria acompanhar todas as situações da vida. Adoração deve constituir um estilo de vida em que “tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai” (Cl 3.17).


COMUNHÃO (Gr. KOINONIA)

A comunhão entre as pessoas e a glorificação de Deus pela igreja acham-se intimamente ligadas: “Portanto, acolhei-vos uns aos outros, como também Cristo nos acolheu para a glória de Deus” (Rm 15.7). Quando nos esforçamos para preservar a comunhão na igreja Deus é glorificado.

Essa comunhão se manifesta através de atitudes de amor (agape), generosidade, serviço, solidariedade. Agape significa o amor do Calvário, esse amor que se humilhou, perdoou, amor de preço bem alto, que constituiu o selo da comunidade cristã primitiva e que continua sendo um aspecto essencial da igreja que honra a Deus em qualquer geração. Amor desta qualidade é impossível ao ser humano, por isso o NT fala constantemente dele como sendo um dom do Espírito Santo (Rm 5.5), embora seja, contudo, intensamente prático (1Jo 3.17s; Rm 15.25s; 2Co 8-9; Hb 13.2; Gl 6.2; Hb 10.25; Fp 1.9-11, 19).

MINISTÉRIO/SERVIÇO (Gr. DIAKONIA)

A primeira igreja tinha o serviço como mais um meio de dar glória a Deus (1Pe 2.12). O servo Messias (Mc 10.45) chama a igreja para identificar-se com ele na comunidade de servos.

O ensino bíblico sobre o ministério da igreja (diakonia) possui três aspectos fundamentais:

Os dons do Espírito
Todas as principais passagens do Novo Testamento que tratam deste tema afirmam que um dom ou dons do Espírito são concedidos a todo homem ou mulher verdadeiramente regenerado (Rm 12.3ss; 1Co 12.7-11; Ef 4.7, 16; 1Pe 4.10). Sendo assim, todo cristão é chamado para ministrar. Ser um membro do Corpo de Cristo (Igreja) é ser ministro de Cristo (1Co 12.7, 11).

Somos, portanto, responsáveis diante de Deus pela identificação de nosso dom e ministério e por exerce-lo para o bem de nossa igreja local. O propósito desses dons e ministérios é duplo: (1) eles glorificam o Senhor Jesus Cristo e (2) promovem a edificação da igreja (Ef 4.12).
Liderança Ministerial

O Antigo Testamento apresenta um precedente claro nos ministérios dos sacerdotes (Gn 14.18; Ex 28.1s), dos profetas (Dt 18.15s; Is 6.11ss) e dos anciãos (Ex 3.16; Dt 19.12). Jesus aplicou este princípio chamando os doze discípulos, e o Novo Testamtento reflete mais tarde este mesmo padrão ao nomear anciãos (presbyteroi) ou bispos (episkopoi), diáconos (diakonoi) (At 14.23; 1Tm 3.1-3; Tt 1.5) e os evangelistas, pastores e mestres (Ef 4.11).

Os vários tipos de ministério não implicam que a vida cristã tenha dois níveis, líderes e povo. O líder não está mais próximo de Deus, nem acima do povo – a distinção aí é essencialmente funcional.

O Ministério fora da igreja

O serviço que a igreja realiza deve ser dirigido primeiramente aos que fazem parte da família da fé (Gl 6.10). Mas não pode parar aí, pois o serviço de Jesus em seu sentido mais profundo foi oferecido em favor de seus inimigos (Rm 5.6-8). A igreja deve, portanto, glorificar a Deus sendo o sal e a luz da sociedade (Mt 5.16), comprometendo-se a ser um sinal histórico do Reino de Deus e compreendendo que a evangelização implica necessariamente a ação social.

A igreja, na condição de povo de Deus, comunidade do Rei e agência do Reino tem a responsabilidade de unir os seus esforços para influenciar a sociedade através de um estilo de vida mais justo, mais puro, mas honesto e mais solidário, um reflexo do caráter de Deus e, portanto, que honra mais o seu nome.

Deus não tolera a espiritualidade escapista que apenas gera indiferença e egoísmo. Ouvir a voz de Deus e estar conectado com o mundo, disposto a trabalhar por uma sociedade mais justa, é algo que agrada o coração do Pai, trás a Sua presença para o meio do Seu povo e consequentemente manifesta a Sua glória na Terra (Is 58.1-12).

A igreja que nasceu em Jerusalém, na festa de Pentecostes, não precisou ser exortada à prática do serviço a favor dos necessitados. Transbordantes de alegria, de gratidão e amor, naturalmente começam a dividir o que têm para suprir as necessidades dos mais carentes. Não como obrigação, mas como privilégio (At 2.41-47; 4.31-37).


ENSINO (Gr. DIDAKÉ) E PREGAÇÃO (Gr. KERIGMA)
A Palavra de Deus chega a nós de duas maneiras: Jesus pregava e ensinava (Mt 9.35). As duas coisas são necessárias. A Palavra de Deus chega a nós de dois modos diferentes: como verdade e como mandamento. Por exemplo, se eu digo “Cristo morreu por nossos pecados”. O que é isso? Verdade ou mandamento? Verdade! Se eu digo “Ama a teu próximo como a ti mesmo”, é um mandamento.
Nas Escrituras, a soma de todas as verdades, se chama kerigma em grego. E a soma de todos os mandamentos se chama didaké. A palavra didaké está traduzida por doutrina ou ensino. A palavra kerigma está traduzida por pregação. Em grego ao pregador se diz kerus, e ao mestre didaskalos, que vem de didaké.
Para sua edificação a Igreja necessita destas duas coisas. A verdade afirma, o tom é afirmativo. O mandamento por sua vez tem tom imperativo, dá ordens, revelando a vontade de Deus. Portanto, o kerigma proclama e revela a Cristo, sua pessoa e sua obra, a didaké revela a vontade de Deus para nós. Quando alguém proclama o kerigma, o kerigma exige fé. O mandamento exige obediência.
Um aspecto importante dessa área ministerial da igreja é a instrução pessoal ou o discipulado. Precisamos buscar a habilidade concedida por Deus para saber em cada situação escutar, aconselhar, exortar. Alguns necessitam ânimo, outros necessitam oração, outros apenas ser ouvidos, compreendidos, amados.
É indispensável para a edificação da igreja a instrução pessoal. Cada pessoa é valiosa, cada pessoa é amada por Deus, e Ele quer chegar a cada um com sua graça, com seu amor, com sua medida justa do que cada um precisa.

TESTEMUNHO (Gr. MARTYRIA)

O chamado para testemunhar é o cerne das instruções finais de Jesus aos apóstolos (At 1.8), e no Pentecostes eles iniciaram essa tarefa: anunciar todo o Evangelho, em todos os lugares e a todos os homens.

No contexto legal, martyria significa fazer uma defesa; o testemunho verbal é a essência de seu significado. Idéias tais como “testemunhar pela vida”, “deixar que a minha vida fale” não transmitem a intenção certa. A tarefa com a qual Jesus incubiu a igreja envolve a proclamação verbal do anúncio de uma nova realidade: a chegada do Reino de Deus (Mt 4.12-17; Mc 1.14, 15). O Rei justo e verdadeiro, Jesus Cristo, venceu o diabo na cruz do Calvário e a sua manifestação visa a destruição das obras do diabo na sociedade (Mt 4.23-25; Lc 4.18-21; 7.20-23).

NOSSA MISSÃO

Viver a simplicidade do evangelho, como discípulos de Cristo, servindo à comunidade, integrando pessoas à igreja local e treinando-as para fazer novos discípulos.

NOSSA VISÃO

Anunciar para toda a cidade, com palavras e ações, o amor transformador de Deus.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

NOSSA TEOLOGIA

A estrutura teológica da Vineyard
Por Don Williams

A “Declaração de Fé” da Vineyard representa a principal corrente, o Cristianismo histórico. Ela é composta de muitas fontes. Primeiramente, as declarações de fé (credos) dos pais da Igreja. Nós cremos na Trindade, um Deus que subsiste em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo; e nas duas naturezas do Cristo encarnado, completamente divino e completamente humano ao mesmo tempo (Deus e Homem).Em segundo lugar, como herdeiros da reforma, nós concordamos com Lutero, “que somente Ele pode fazer distinção entre a Lei e o Evangelho”. Deixamos de lado a salvação pelas obras e a mediação da Igreja, e concordamos somente com a “Justificação Pela Fé” do Apóstolo Paulo. Como os reformadores, nós concordamos que os “Papas e os Concílios podem errar”. Assim, nós aceitamos as Escrituras do Velho e Novo Testamentos como a Palavra de Deus escrita, como a única e absoluta autoridade para a Igreja. Apenas a Escritura (Sola Scriptura) é a regra final de fé e prática. E como os Reformadores, nós sabemos que “o nosso antigo inimigo permanece, sempre procurando nos desanimar na obra” (Lutero). A batalha espiritual faz parte da nossa realidade neste mundo. Enquanto vivemos no reino de Cristo, nós batalhamos contra o reino de satanás, sabendo que a vitória já foi ganha. É como Lutero cantava, “Deixe que os bens e os familiares se vão. Esta vida mortal também. O corpo eles podem matar. A verdade de Deus permanecerá. O seu reino é eterno.”. Em terceiro lugar, nós abraçamos as idéias do Avivamento Evangélico do Século 18, conduzido por João e Carlos Wesley. Nós cremos na necessidade de uma conversão pessoal a Cristo por meio do “novo nascimento”, promovido pelo Espírito Santo, e na santidade pessoal como seu fruto obrigatório. O caráter de Cristo e as obras do reino: alcançar os perdidos, curar os enfermos, servir os pobres, trazer a justiça aos oprimidos, vem por meio desta obra transformadora. Como Dietrich Bonhoeffer escreveu, “Apenas aqueles que crêem podem obedecer, e apenas os que obedecem podem crer”. Em quarto lugar, como herdeiros do “Grande Século das Missões Mundiais” (o século 19), e crendo que a “Grande Comissão” permanece, isto nos faz ser uma ‘Comunidade Missionária’, propositalmente. O chamado para a conversão e plantação de Igreja não é opcional. Como um movimento, nós existimos para trazer as nações á Cristo. Em quinto lugar, nós também somos herdeiros dos avivamentos pentecostais e carismáticos do século 20. Nós recebemos bem esse fluir do Espírito na Igreja, enquanto permanecemos solidamente tradicionais em nossa teologia. Como a nossa “Declaração de Fé” diz: “Nós cremos no preenchimento ou na capacitação do Espírito Santo, freqüentemente como uma experiência consciente a fim de ministrarmos hoje. Nós cremos no ministério atual do Espírito Santo e…na prática...de todos os dons bíblicos do Espírito Santo”. Isto nos leva a uma ação: “Nós praticamos a imposição de mãos para a capacitação do Espírito, para a cura, e para o reconhecimento e capacitação daqueles a quem Deus ordenou para conduzir e servir a Igreja”. Em sexto lugar, o “Movimento de Teologia Bíblica” nos ensina muito. Nós vemos que a fé no Novo Testamento é uma questão completamente “escatológica”. Isto significa que nós não estamos simplesmente esperando pelo fim das coisas, nós estamos vivendo essa época. A consumação das coisas já se iniciou com a vida, morte e ressurreição do nosso Senhor Jesus Cristo e o derramamento do seu Espírito no Pentecostes. Nós vivemos na tensão do reino que virá e que está vindo, do ‘já e não ainda’. Nós crescemos em santidade e plantamos igrejas sabendo que o reino está aqui, mas não na sua plenitude. HISTÓRIA DA REDENÇÃO A nossa “Declaração de Fé” oferece não apenas uma clara estrutura teológica, mas também a “História da Redenção”. Talvez antecipando a ênfase do Pós-Modernismo nas histórias, nós também temos uma história para contar. É a história do Reino, ou melhor dizendo, a estrutura da Trindade (como no Credo dos Apóstolos), que nos leva á nossa Declaração.NÓS CONFESSAMOSEla confessa o Único Deus: Pai, Filho e Espírito Santo, como o verdadeiro e terno Deus, que é também criador e dominador de todas as coisas. E imediatamente somos levados ao tópico da rebelião de Satanás no céu e o seu contra-reino contaminando este mundo bom. Através da tentação que sofreram, os nossos pais “caíram da graça, trazendo pecado e enfermidade sobre a terra”. Como resultado disso, “Seres humanos nascem em pecado, sujeitos ao julgamento de Deus, que é a morte, e cativos do reino Satânico das trevas”.Mas Deus continua dominando o Universo. Portanto, Deus agiu para reverter os efeitos da queda ao estabelecer seu pacto incondicional com Abraão, prometendo bênçãos para as nações ao libertar Israel da escravidão do Egito e dando a Lei por intermédio de Moisés. É seu propósito nos convencer do pecado e nos trazer “a Cristo para a salvação”. Depois, Deus estabeleceu um pacto incondicional com Davi, prometendo-lhe uma descendência que reinaria para sempre. Isto se cumpriu em Cristo, o Filho de Deus encarnado que é da linhagem de Davi, que restabelece o reino de Deus sobre Israel e o estende ás nações. No Credo dos Apóstolos, Jesus é descrito como o Filho de Deus “concebido pelo Espírito Santo,nascido da virgem Maria”. Mas a nossa “Declaração de Fé” não apenas cita a sua encarnação e expiação, mas também o seu ministério do reino. “Jesus foi ungido como Messias de Deus e cheio do Espírito Santo, inaugurando o Reino de Deus sobre a terra, sobrepujando o reino de Satanás pela sua vitória sobre as tentações pregando as boas novas de salvação, curando os enfermos, expulsando demônios, e ressuscitando os mortos. Reunindo seus discípulos, Ele reconstituiu o povo de Deus como sua Igreja para ser instrumento de Seu Reino”. Isto é crucial para a identidade da Vineyard. Jesus prega e ministra o reino, treina os discípulos para fazer o mesmo e repassa isso a cada geração da Igreja. E nós estamos nesta seqüência!Através da “Declaração de Fé”, o ministério de Jesus atinge o clímax na sua morte e ressurreição. O significado da sua morte está classicamente expresso: “Em sua vida sem pecados e perfeita Jesus cumpriu as normas da lei, e em sua morte expiatória na cruz Ele recebeu o julgamento de Deus pelo pecado, o qual nós merecemos como ofensores da lei. Pela Sua morte na cruz Ele também desarmou os poderes demoníacos”. Agora Jesus é o Rei Soberano: “A aliança com Davi foi cumprida com o nascimento de Jesus proveniente da casa de Davi, seu ministério Messiânico, sua gloriosa ressurreição da morte, sua ascensão aos céus e seu governo atual à direita do Pai. Como Filho de Deus e herança de Davi, Ele é o eterno Rei e Messias, avançando o Reinado de Deus através de todas as gerações em todas as extremidades da terra hoje”.Depois disso, a “Declaração de Fé” fala do derramamento do Espírito Santo no Dia de Pentecostes. “O Espírito traz a permanente ratificação da presença de Deus para nós para adoração espiritual, santificação pessoal, edificação da igreja, capacitação para o ministério e confrontação do Reino de Satanás, através da evangelização do mundo pela proclamação da palavra de Jesus e realização de sua obra”. Este ministério atinge o seu ápice com o glorioso e visível retorno de Cristo, com a destruição de Satanás, a ressurreição dos mortos e o julgamento final. Então, “Finalmente, Deus vai ser tudo em todos e seu Reino e Seu domínio serão completos nos novos céus e nova terra, recriados pelo Seu poder, onde Sua retidão habita e na qual Ele será adorado eternamente”. CONCLUSÃOA “Declaração de Fé da Vineyard” é também a sua “História de Fé”. Através de toda a Bíblia, Deus é o Rei, reinando por meio do seu Reino. A nossa Teologia identifica a extensão da revelação Bíblica da eternidade ao tempo, da criação á consumação. Ela enfatiza nossa identidade e nos educa na verdade. Ela nos protege da heresia e idolatria, e nos fortalece para o sofrimento e perseguição neste mundo caído. Ela também nos faz proclamar a nossa “Grande História”, a nossa “narrativa”. Conforme confessamos a nossa fé, e somos inseridos na sua história, isso reforça a nossa adoração e se torna uma arma de Guerra na nossa batalha para derrotar o reino de satanás, para subvertermos os sistemas mundanos e proclamarmos que “só Jesus é o Senhor”. “A Grande História” do reino se mistura com a nossa pequena história e descobrimos que fomos criados para isso! Ao vivermos a nossa fé, em proclamação e demonstração, nós contribuímos para o crescimento da Igreja. Através dos “sinais e maravilhas”, da evangelização do pobre, da cura dos enfermos, da expulsão dos demônios e da luta pela justiça, nós confrontamos a mentalidade secular e manifestamos a intenção de Deus em restaurar completamente esta criação decaída quando Cristo retornar. Assim, nós respondemos a pergunta: “Por que a Vineyard”?

Don Williams é um dos teólogos mais respeitados do Movimento Vineyard
Tradução: Maurício Boehm

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