terça-feira, 9 de setembro de 2008

CURSO INTENSIVO DE MISSÃO URBANA

A Igreja da Vinha de Itaperuçu em parceria com a Faculdade Teológica Evangélica de Curitiba(FATEV) - estará promovendo um curso intensivo de missão urbana, veja os detalhes e participe!

CURSO INTENSIVO DE MISSÃO URBANA

Duração: 20 horas

Ministrante: Pr. Ms. Arzemiro Hoffmann

Data: 20, 21 e 27 de Setembro

Investimento: R$ 50,00 (2 x R$ 25, caso tenhamos mais de 20 inscritos).
Haverá descontos para membros de uma mesma família.

PROPOSTA DO CURSO: CONTEÚDOS

A TEOLOGIA BÍBLICA DA CIDADE
1.1 - Procedimentos metodológicos

1.2 - A cidade no Antigo Testamento
Os construtores de cidades
O povo de Deus sob a opressão citadina
A cidade da justiça e da paz

1.3 - A cidade na percepção de Jesus e dos Apóstolos
Jesus: de cidade em cidade da Galiléia à Jerusalém
A missão urbana a partir de Jerusalém
A expansão urbana do cristianismo

A IGREJA E O PROCESSO DE URBANIZAÇÃO NO BRASIL

2.1 – Procedimentos metodológicos

2.2 – O histórico do urbano no Brasil
O papel do Estado na urbanização
Causas da migração do campo par a cidade
A atitude das igrejas históricas na urbanização

2.3 - As lógicas da cidade
A metropolização e a favelização
O caos e o luxo urbano
As razões do crescimento Pentecostal

2.4 – Conseqüências sociais e espirituais da urbanização
Conseqüências da migração desintegração familiar, social,
espiritual...
A ação das igrejas no caos urbano

O PANORAMA RELIGIOSO BRASILEIRO

3.1 - Procedimentos metodológicos

3.2 - O catolicismo Romano
O projeto colonialista português e a Igreja
As Ordens Religiosas e seus empreendimentos
O rosto diversificado do catolicismo de nossos dias

3.3 – O Protestantismo no Brasil
O Protestantismo Ecumênico
O Protestantismo Evangelical
O Protestantismo Pentecostal e Neo-Pentecostal


COMO ELABORAR UM PROJETO MINISTERIAL PARA A CIDADE

4.1 - Procedimentos metodológicos

4.2 – Um estudo baseado no livro de Neemias
Conhecimento e sintonia com o contexto da dor coletiva
A compaixão e a organização da comunidade
A superação das adversidades e a restauração espiritual

4.3 - A missão urbana na Pós-modernidade
A relatividade das instituições, a massificação e as tribos
urbanas
Ministérios urbanos e discipulado
A igreja em núcleos e a reconstrução do pertencimento

Leitura:
HOFFMANN, Arzemiro, A Cidade na Missão de Deus, Editoras: CLAI/Sinodal/Encontro, Curitiba/PR, 2008, 2.a reimpressão.

INSCRIÇÕES E MAIORES INFORMAÇÕES FALAR COM
BEBETO
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O QUE DEUS DESEJA DOS SEUS SERVOS?

O QUE DEUS DESEJA DOS SEUS SERVOS
POR JOHN WIMBER
“Ao invés de manter os meus olhos nos grandes homens de Deus,
Eu prefiro mantê-los no Grande Deus dos homens”


Eu sempre disse ao John que, com a sua cabeça e o meu corpo nós poderíamos ter ido longe. John tinha o corpo terrível com angina, câncer, derrame
e problemas cardíacos.

Deixe-me dar a você uma idéia de quem John realmente era... Bem no início de sua caminhada, John era um Quaker, quando ele se entregou a Cristo como seu Salvador e Senhor e tornou-se um discípulo de Jesus. Num certo dia, quando John ia falar num Acampamento para famílias chamado “Quaker Meadow”, então o coordenador do retiro disse a John que havia uma senhora por lá que tinha um dom profético e que ela tinha uma “palavra” para ele. Bem, naqueles dias, nós realmente não sabíamos bem o que era uma profecia pessoal, então John se encontrou com aquela senhora e seu pastor. Ela se assentou diante de John e começou a chorar. Finalmente, ele disse: “Será que a senhora poderia parar de chorar e me dizer, afinal, o que a senhora tem de Deus para mim?” Ela disse: “É isso. O Senhor está chorando por você.” E então ela continuou: “Quando é que você vai assumir o seu lugar? Deus fez de você um vice-rei para as nações.”

Na verdade, a única coisa que conhecíamos por “Vice-Rei” era uma marca de cigarros. Então, honestamente, ele não teve como entender aquela coisa toda. No entanto, Carol, sua esposa, sendo a pessoa estudiosa que é, verificou no dicionário do quê se tratava. Ela, então, tinha idéia daquilo que Deus estava para fazer através de John, mas este termo “vice-rei” o levou para fora dos Estados Unidos, às nações.

Pude observar de perto John como amigo, cooperador e membro da família. Ele sempre repetia: “Tudo o que estou tentando fazer é ler o livro e fazer o que ele me diz pra fazer!” John tinha sua forma prática de pensar em tudo o que fazia. Eu poderia lhe contar histórias e mais histórias desse tipo. Mas, a melhor coisa a respeito de John, é que ele sabia, de fato, quem ele realmente era. Eu me lembro bem de uma vez quando ele ficou sabendo sobre um homem que ele tinha levado ao Senhor, anos antes, e que então estava morando a, cerca de, 33 quilômetros de John. Ele ouviu dizer que aquele homem havia se desviado de Deus e que não estava passando bem. Então, ele foi, dirigindo, ver aquele homem e conversar com ele. Assim, o homem se arrependeu e novamente começou a seguir o Senhor. Isso é, simplesmente, fantástico pra mim. Ali estava um homem que aparecia constantemente nas capas de revistas e na TV, e então naquele momento estava preocupado com aquele “único” homem que não estava andando com Deus.

John nunca entendeu porque as pessoas ficavam maravilhadas e queriam tanto conversar com ele. O fato, simples como o era, é que John queria seguir Jesus e fazer qualquer coisa que Deus colocasse em seu coração. Ela não era apenas um “homem gordo a caminho do céu”. Ele era “um homem gordo tocando saxofone a caminho do céu”.
(Extraído do culto em Memória de John Wimber, 1997)
Bob Fulton e sua esposa Penny têm estado envolvidos com a Vineyard desde seus primeiros dias. Atualmente eles estão na Vineyard de Anaheim, fazendo missões e liderando estudos Bíblicos para jovens adultos.

Houve um maravilhoso dia de verão do qual não pude aproveitar nada. Eu tinha chegado à conclusão que já estava cheio de tanta coisa e disse tudo isso a Deus. Eu já estava trabalhando há semanas sem um descanso sequer, fazendo todas as coisas que os pastores fazem: ministrando às pessoas, pregando, preparando pregação, atendendo ao telefone dez vezes por hora, fazendo o trabalho administrativo que eu detesto. E aquele era o meu dia de folga. Era um lindo dia. Minha esposa, Carol, e eu estávamos terminando de nos preparar para ir à praia e, de lá, sairíamos para um restaurante, jantar “fora”. Eu estava com vontade de comer comida mexicana naquela noite.

Então, o telefone tocou. Relutando, atendi. Era uma daquelas pessoas da igreja que eu, normalmente, evitava. Quando ela entrava por uma porta, eu saía pela outra – se tivesse a chance. Desta vez, porém, não tive a menor chance de escapar. Ela estava com um terrível problema em sua vida, com o qual eu simplesmente teria que lidar: não amanhã, nem no dia seguinte. Agora. Exatamente no meu dia de folga.

Exteriormente, eu tranqüilizei aquela mulher, usando a minha voz pastoral mais sonora, e pedi o endereço e as dicas para chegar até à sua casa. Internamente, eu tava furioso. Eu desliguei o telefone e saí agitadamente pelas portas dos fundos de minha casa. Olhei para o céu. Eu não sacudi o punho, exatamente, para Deus, mas joguei minhas mãos para cima, no ar, com as palmas voltadas par frente, como um mercador italiano que havia acabado de receber uma entrega, vinda de um cargueiro, com os bens adquiridos todos danificados.

“Quem o Senhor pensa que é?” Eu rugi.
Nenhum tipo de raio me atingiu para me matar, embora eu merecesse morrer por causa da minha impertinência. Eu, então, gastei os dois dias seguintes arrependendo-me do meu pecado. Deus era Deus. Eu era a criatura, criado para fazer o Seu lance.

Durante aquele período de arrependimento o Senhor me levou à uma passagem das Escrituras com a qual eu vinha quebrando a cabeça por um longo tempo: Lucas 17:7-10. Jesus está, ali, ensinando aos discípulos sobre fé, perdão e arrependimento. De repente, ele muda a direção, e começa a falar sobre ser servos.

“Digamos, por exemplo, que vocês têm um servo...” ele diz aos discípulos, “e dois de vocês estão fora, trabalhando durante todo o dia nos campos, cuidando do rebanho e, no final do dia, os dois de vocês retornam à casa, sujos, cansados e famintos... Vocês falariam a ele: venha e se assente à mesa conosco?” Perguntou Jesus. A pergunta é, obviamente, retórica. É claro que o mestre não diria ao servo para se assentar à mesa com ele. Jesus prosseguiu com a questão...

“Vocês não iriam, por acaso, dizer a ele: ‘Prepare-me a refeição, troque a sua roupa e sirva-me, enquanto eu como e bebo, e depois você poderá comer e beber?’ Por acaso ele agradeceria ao servo por ter feito o que lhe foi mandado?”

Mais uma vez, a pergunta é, obviamente, retórica. É claro que o mestre não agradeceria ao seu servo. Jesus, assim, dirige-se ao ponto da história: “Assim, também, vocês, depois de ter feito tudo o que lhes é mandado, vocês dizem: ‘Somos servos inúteis; nós só fizemos aquilo que era a nossa tarefa.”

Esta passagem fere nossas faces felizes, tipo tenha-um-bom-dia, sentimentalmente democrática. O mestre parece arrogante, sentado à mesa, enquanto o seu servo, cansado e faminto, lhe serve o jantar. Por que ele não poderia convidar o seu servo para se juntar a ele na mesa? Ele poderia, pelo menos, ter permitido ao servo que se banhasse antes de servi-lo. Mas eu chorei enquanto lia esta passagem. Por que eu deveria ser desculpado por deixar de cuidar de uma mulher em minha igreja que enfrentava problemas tão sérios? Seria apenas porque eu estava cansado e queria um dia de folga? Ou seria por que eu não havia comido num bom restaurante já havia alguns meses?

Cuidar das pessoas do meu rebanho não é nada mais do que a minha tarefa. Por acaso, eu deveria receber uma medalha todas as vezes que eu fizesse aquilo que simplesmente deveria fazer? Os discípulos de Jesus tiveram grande problema para compreender o que realmente significava ser um servo, mas, pelo menos, eles entenderam rapidamente que um servo serve. Jesus é nosso mestre e nós devemos fazer aquilo que Ele nos disser para fazer.

Nós já ouvimos estas palavras na igreja por vezes incontáveis, como também já as temos lido na Bíblia: não há, realmente, nada novo ou misterioso em torno destas palavras. “Jesus é meu Senhor”, nós afirmamos, “e nós somos os servos do Senhor”. Essas palavras parecem sair tão facilmente, artificialmente de nossos lábios. Eu, porém, penso que raramente nós entendemos o que estas palavras realmente significam.

Muitas vezes, na igreja destes nossos dias, ser um servo significa estar à frente, manipulando outros, fazendo o que nós queremos fazer, na maior parte do tempo. Na verdade, isso significa simplesmente um pouco mais do que colocar uma roupagem diferente nas maneiras de comportamento do mundo, porém, numa linguagem “religiosa”.

Se você não entende o que significa ser um servo, ou se você, de fato, entende, mas percebe que falha ao agira de maneira coerente, sinta-se consolado. Você está na melhor companhia. Jesus ensinou aos seus aprendizes, ou discípulos, como servir, pela palavra e exemplo durante os seus três anos de contato pessoal com eles. No entanto, eles eram pessoas comuns, como eu e você. Eles, entretanto, falharam repetida e consistentemente em assimilar o que Ele quis dizer de tal forma, que o espetáculo torna-se quase cômico.

O MODELO DE LIDERANÇA DE JESUS

Quando Jesus foi transfigurado em glória bem diante dos seus olhos e foram reunidos por Elias e Moisés, qual foi a reação de Pedro? Ele queria construí três tendas para aqueles ícones espirituais, e assim eles poderiam ficar “no pedaço” (e, presumivelmente, dar a Pedro grande autoridade). Os apóstolos, no entanto, ainda não entenderam mesmo depois que Jesus ressuscitou dos mortos. “É agora que o Senhor vai restaurar o reino a Israel?” Eles lhe perguntaram no monte, e a resposta de Jesus foi retornar ao Seu Pai.

Por três anos, Jesus ensinou acerca do Reino de Deus, e por três anos os seus aprendizes entenderam que Ele estava se referindo a um reino deste mundo. Eles tinham a ansiosa expectativa por este reino e, provavelmente, eles pensavam sobre como eles iriam recompensar os seus amigos, acertas as contas antigas com os seus inimigos e ainda arranjar meios para que seus parentes pudessem ter bons empregos, com a chegada do Reino.

Nós sabemos, e isso é fato, que eles costumavam fazer brincadeiras entre eles por trabalhos com condições melhores. Essa rivalidade levou ao evento ocorrido num certo dia em que a mãe de Tiago e João teve a audácia de perguntar a Jesus se ele poderia fazer o favor de colocar um dos seus “meninos” à Sua direita e o outro à Sua esquerda no reino. Os outros discípulos ficaram simplesmente indignados ou ouvirem aquilo, mas eu imagino que eles ficaram assim porque ela havia feito o pedido primeiro, e não porque tivessem entendido sobre o que se tratava o negócio do Reino, nas palavras de Jesus. Eu posso até imaginar eles dizendo uns aos outros: “Vocês ouviram o que a mãe do Tiago e do João pediu? Vocês já ouviram uma afronta maior do que esta?” Eles queriam ser oficiais importantes no reino, sobre a autoridade de Jesus, é claro. Jesus aproveitou aquela ocasião para explicar a diferença entre o serviço no Reino de Deus e o modelo de autoridade que há no mundo, num contexto secular.

Ele começo o processo valendo-se de um modelo de liderança que eles já conheciam: “Vocês sabem que as autoridades dos Gentios governam sobre eles”, Ele disse “e seus grandes homens, os líderes, exercem domínio sobre eles”. Os seguidores de Jesus, certamente, sabiam disso, uma vez que os Romanos haviam instaurado um rei, manipulado por eles, para dominar sobre Israel, e enviando navegações com cargas de azeites, figos e vinho daquelas terras, enquanto extorquiam o povo através de altos impostos, até que eles gemessem. Eles dificultavam as suas observâncias religiosas, é claro. Um bando de judeus ambiciosos, bajuladores e companheiros de viagens havia se espalhado pela corte daqueles pagãos como cogumelos numa caixa úmida e escura. Mesmo os “reformadores” – os Fariseus – estavam buscando poder. Eles desejavam obter o controle da vida religiosa do povo.

É verdade, os discípulos sabiam tudo sobre os governantes que “governavam daquela forma, sobre eles”. Nós também sabemos tudo sobre isso, não é verdade? De fato, em nossos dias, nós exercemos certa tirania de maneira mais eficiente e, no entanto, desumana, do que os Romanos fizeram. É exatamente à este modelo de liderança que Jesus demonstra o contraste do Seu.

“No entanto, não será assim entre vocês”, foi o que Ele disse. “Mas, aquele que quiser ser grande entre vocês, seja o que serve, e aquele que desejar ser o primeiro entre vocês, seja o escravo.” Jesus conclui oferecendo a Si mesmo como o novo modelo: “O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate por muitos”.

Isso soa tão atrativo, não soa? Nós nos tornamos Cristãos e rompemos totalmente com todo aquele horrível sistema de autoridades do mundo: homens e mulheres trapaceiros, com seus dinheiros sujos, com quem temos que fazer negócios, os políticos ambiciosos, os chefes insensatos para quem trabalhamos, os tiranos sanguinários que oprimem a maioria das pessoas no mundo. Nós substituímos tudo isso com a liderança que é serviço. Nós devemos ajudar as outras pessoas. Devemos ser pessoas bondosas e simpáticas, fazendo aquilo que o Senhor deseja que seja feito. Enfim, servindo.

Isto soa, por acaso, algo fácil? Não, realmente não. Deve ser algo duro. Não somos muitos, entre nós, os que servem à maneira de Jesus. Eu não sirvo assim. De fato, eu não vejo muitas pessoas nas igrejas que o façam. Muitos conseguem fazer, razoavelmente, alguns trabalhos “seculares”, no contexto da igreja, e chamam isso de “serviço”, e ainda criam certos cargos “seculares” e, denominam a si mesmos como “servos”. O poder radicalmente transformador do Senhor não penetrou, de fato e, muitas vezes, nós realmente não desejamos que isso aconteça.

Quando o Senhor começou a mudar radicalmente a minha maneira de pastorear, lá nos anos 70, Ele iniciou o processo exatamente no meu entendimento acerca do significa ser um servo. Naquela época, eu era reconhecido como um expert em Crescimento da Igreja. Eu viajava constantemente por toda parte dizendo aos pastores sobre como promoveriam o crescimento em suas respectivas igrejas, e eu era bom naquilo que eu fazia. As pessoas me elogiavam e, por isso, eu pensava que Deus também estava gostando do que eu fazia. Eu estava fazendo muitas e muitas coisas para Ele – como um servo, é claro! Eu não era nenhum tirano brutal e nem estava impondo a minha vontade com mãos de ferro. Eu não pensava que eu fosse um Saduceu ou mesmo um governante Romano. Eu arrancava a flor do Farisaísmo que, continuamente, brotava em minha vida.

Entretanto, eu era um homem em ação. Eu era um sucesso, e eu media o sucesso na igreja da mesma forma que um típico americano faria: pelos números. O Senhor me mostrou quão errado eu estava e, em obediência a Ele, eu parei de dar o seminário sobre Crescimento da Igreja, voltei para casa, e esperei até que a minha próxima viagem ministerial acontecesse. Eu esperei. .. E esperei... E esperei. Então, finalmente, eu disse ao Senhor: “O meu tempo está sendo desperdiçado aqui, Senhor. Quando é que vou poder começa a contatar as pessoas e falar a elas a respeito do Senhor?” Em seguida, ouvi o Senhor dizendo: “Venha para a minha Presença, John.” “Senhor, eu sou um evangélico. O Senhor, por acaso, não sabe o que significa ser um evangélico? Eu fui chamado para ser um evangelista: esta é a maior prioridade da Igreja!” E aí, eu ouvi o Senhor dizendo: “Liberte-se do seu escritório e desligue o seu telefone”, e acrescentou: “Apenas Me adore. Chore bastante!”

O Senhor, então, me levou à história sobre Marta e Maria. Eu tinha, até então, certa aversão àquela história. Para falar a verdade, Maria era uma dos meus personagens bíblicos menos favoritos. “Ela é uma covarde, Senhor...” Eu murmurei. “Eu não gosto deste tipo de gente que fica assentado assistindo os outros, sem fazer nada! Eu sou um ativista, eu tenho muitas coisas para ver e fazer.” “E Eu estou entre estas coisas?” Eu ouvi o Senhor falando a mim. “Bem, é claro que o Senhor está... Eu estou fazendo tudo isso para o Senhor!” Então, eu me senti um tanto quanto chocado, sentindo-me como se tivesse ouvido a resposta que o Senhor teria me dado, de volta: “Não, John, você não está fazendo nada disto para Mim, você está fazendo isso para você mesmo. Você deseja ser um sucesso!” Aquilo me atingiu com muita força. Naquele exato momento, a Palavra do Senhor penetrou até a medula. Pude, então, perceber que o Senhor esta certo. Eu realmente desejava me dar muito bem na carreira que desenvolvia. Eu comecei considerar dias passados, em minha vida, e comecei a entender o que Senhor fez por mim e onde eu me posicionei em relação a Ele.

Ele me salvou quando eu tinha 29 anos de idade, quando eu estava a caminho do inferno. O Senhor jogou uma linha de tempo diante de mim e me empurrou para fora daquele bonde. Nos anos que seguiram, meu casamento melhorou, meus filhos foram ajustados, minha família prosperou e outras bênçãos caíram sobre nós, com grande abundância. No entanto, nada daquilo havia sido prometido a mim naquela noite quando me ajoelhei no chão da sala da casa do meu melhor amigo, soluçando até às minhas entranhas em pura ação de graças. Era o suficiente para ser salvo. Sinceramente, eu acho que ninguém mencionou uma palavra, sequer, a respeito do céu naquela noite. Eles simplesmente me disseram que eu não precisava carregar mais o peso dos meus pecados sobre mim. Eu fiquei muito feliz ao saber que podia sair fora daquela condição.

Como é que esse milagre veio à tona? Eu percebi que não poderia mais manter o controle da minha vida, e assim, pedi a Jesus que se tornasse o Senhor e tudo. E o que aquilo significava? Significava simplesmente que Ele era o Senhor e eu não. Esta era, sem dúvida alguma, a questão. Eu o pedi para ser o Senhor da minha vida porque eu havia feito da minha tarefa uma bagunça, e não gostaria de lidar com isso mais, principalmente porque sabia que eu mesmo não tinha condições de fazer mais nada. Eu agora era um servo, um subordinado. Eu sou apenas um camarada que pegou as instruções e confiou totalmente no poder do Mestre para ver que as ordens estavam sendo executadas.

Algumas vezes, quando eu dou uma passeada por alguma livraria Cristã, ou mesmo vejo e ouço algum pregador na TV, eu me admiro porque é que todas as pessoas não se tornam Cristãs. O “pacote”, apresentado ali, do Cristianismo inclui como material: prosperidade, um casamento melhor, filhos piedosos, melhor gerenciamento da vida, uma vida sexual melhor, um orçamento que funciona, uma auto-imagem que irá sobressair aos seus defeitos, e terá uma pela bem cuidada, brilhante e divina. Esses benefícios realmente são derramados sobre vários Cristãos, muitas vezes. Por que é que nem todos entram na fila para receber os seus? Talvez seja porque alguns desses benefícios estão na periferia do ponto central. Nós estamos aqui para servir aos propósitos de Deus e não aos nossos próprios. A verdade é que alguns, dentre nós, são abençoados materialmente e outros não. Alguns vêem os seus casamentos melhorarem após a conversão, enquanto outros não. No entanto, cada Cristão deve fazer de Jesus o Senhor absoluto de sua vida.

Fomos salvos da morte eterna, não para seguir as nossas próprias fantasias, mas para fazer a vontade de Deus e servir aos Seus propósitos. É duro fazer isso. Felizmente, o Senhor nos deu a habilidade de sermos servos fiéis. O Espírito Santo de Deus nos guia e capacita, mas também é um fato de que o fato da conversão a Cristo em si nos liberta da escravidão ao antigo estilo de vida e suas paixões.

Eu vivo no Sul da Califórnia e, naquela parte do país não há um momento mais adequado para ter um diálogo com Deus e aprender importantes verdades espirituais do que quando estamos assentados, parados, em meio ao trânsito na freeway (rodovia). Foi naquele lugar onde eu aprendi sobre a situação da minha conversão a Cristo. Esse diálogo aconteceu enquanto eu estava em luta em relação a um novo ministério que desejava, mas também do qual o Senhor estava me mantendo distante. Enquanto eu dirigia, Deus começou a me mostrar todas as conversões que eu já havia experimentado em minha vida. A primeira foi a minha conversão ao cigarro Pall Mall, quando eu tinha 13 anos de idade. Depois ocorreu uma sucessão de outras conversões: à música, a vários e diferentes estilos de vida, a certos grupos de pessoas, a um ideal de sucesso e a certo padrão de relacionamentos.

Havia um fio em comum que fazia ligação entre cada uma dessas conversões. Eu havia optado por cada uma delas como fruto do meu desejo de ser bem sucedido. Eu queria ser famoso, conhecido, ser alguém. Então, um pensamento me veio à tona: Teria eu me convertido a Jesus Cristo pela mesma razão? Será que, porque eu havia pensado assim, isso teria me feito sentir como se eu tivesse me tornado “alguém”? Então, eu ouvi o Senhor falar comigo: “John, quando é que você vai acreditar que já é alguém? Eu fiz de você, alguém. Eu o comprei, com o Meu sangue, e lhe chamei para ser Meu. Pare de se preocupar sobre quem você é!” Eu fiquei tão envolvido por emoção que dei um jeito de, imediatamente, estacionar o carro na beira da estrada e aí abri a minha Bíblia. Eu a abri no evangelho de João, capítulo 2 – a história do Batismo de Jesus. Meu dedo caiu bem em cima das seguintes palavras: “Este é o meu Filho, em quem eu me agrado”. Eu fiquei totalmente desconcertado. “Eu não entendo, Senhor.” Então o Senhor respondeu: “Este é o ponto, John. Você não entende. Você sabe, àquela altura da história, o quanto, em termos de serviço, eu já tinha oferecido ao meu Pai?” “Nenhum, Senhor”, eu respondi. “Isso mesmo John, e ainda assim Ele se agradava em mim”.

Aquele episódio foi uma checagem da realidade. Eu já conhecia o Senhor por 14 anos e estava sempre buscando pela aprovação dEle. Então eu percebi que a aprovação já tinha vindo quando Pai viu o Seu Filho em mim, e não pela obra que havia feito. A chave á relacionamento. Jesus tem relacionamento com o Pai, e eu tenho relacionamento com Jesus. A essência desses relacionamentos é a mesma: mestre e servo. Enfim, eu estava começando a entender.

O que um servo faz? A resposta mais fácil é dizer que um servo serve, porque ele faz o que o seu mestre deseja ver feito. No nosso caso, toda a criação está sujeita ao nosso Mestre porque Ele é um Rei com uma realeza tão grande que existem muitas coisas que precisam ser feitas. Nós fazemos a obra do Rei. E que obra é esta? Existe uma mística terrível acerca do “serviço” que anda enchendo a igreja. “A obra do Senhor” tende a ser solenemente entoada e encaminhada à competência dos especialistas em religião, tornando-se, assim, identificada com certos “ministérios” altamente visíveis como ensino, pregação, plantador de igrejas, ou ainda com algo do tipo ser um presbítero (diácono, ancião etc...), pastor ou um conselheiro.

A verdade é que a obra do Senhor é feita à base de humildade. Todas as pessoas deveriam servir desta forma, e deveríamos fazer isso com imensa alegria. Nós aprendemos a ser servos do Mestre através da imitação da maneira como o nosso Mestre serve ao Senhor. Jesus fez tudo o que o Pai queria que Ele fizesse na terra. De fato, tudo o que Ele fez foi a vontade do Seu Pai. Ele gastou muitas horas em comunhão buscando a vontade do Seu Pai, vivendo uma vida de total dependência da presença, da voz e do direcionamento do Seu Pai.

Uma das melhores imagens de Jesus como servo é encontrada em Filipenses. Aqui Paulo descreve o auto-esvaziamento indescritível de Deus, tornando-Se humano:
“Quem, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz!” (Filipenses 2:6-8)





A palavra traduzida como “servo”, poderia também ter sido traduzida como “escravo”. Leia a passagem novamente com esta última palavra e pense sobre isso. Jesus veio como um escravo. Já é mal o bastante ser um servo, mas, pelo menos, os servos têm algum direito. Os servos são pagos. Servos podem deixar o emprego. O servo pode compartilhar seu descontentamento acerca das condições de trabalho com o responsável pelo Sindicato dos servos. Mas os escravos não têm direito algum. Eles são adquiridos como propriedade e, por isso, pertencem ao mestre a quem eles servem. Quando Deus tornou-Se humano, Ele veio como um escravo. Pense sobre o que isso nos ensina a respeito do caráter de Deus.

O Deus-humano viveu uma vida de escravo, virtualmente destituído das “bênçãos” das quais certos livros declaram que os Cristãos deveriam se beneficiar. Jesus tornou-se um estranho para a sua própria família. Ele era celibatário e não tinha nenhuma família de Si mesmo. Ele não teve nenhum tipo de educação especial, nenhuma riqueza nem propriedades, nenhum status e nem mesmo uma casa própria. Ele gastou os últimos três anos da Sua vida como um andarilho sem ter sequer onde reclinar a Sua cabeça. Ele morreu a morte de um criminoso. Ele viveu e morreu dessa forma em obediência à vontade do Seu Pai. Eis aí o seu modelo de serviço para agir como um servo.

Qual deve ser a “aparência” deste serviço em nossas vidas? Paulo escreve aos Cristãos e explica como eles deveriam se relacionar e servir uns aos outros. “Completem a minha alegria adotando o mesmo modo de pensar, tendo o mesmo amor, vivendo em plena concordância e com uma só mente.” Este tipo de atitude soa como o ambiente da sua igreja? Seria, porventura, semelhante ao seu grupo de estudos ou grupo caseiro? Não?!!... Bem, Paulo prossegue dizendo: “Não faça nada por partidarismo (egoísmo) ou presunção, mas, em humildade, considerem os outros superiores a si mesmos”.

A “humildade” à qual Paulo se refere aqui não é aquele tipo rastejante, auto-depreciativo, que considera as outras pessoas sempre mais bem capacitadas, mais bonitas e mais atrativas do que você. Isso diz respeito à sua condição. Os servos na casa de Deus devem tratar as demais pessoas como se eles tivessem um status maior no reino. Primeiramente, um servo cuida do bem estar de uma outra pessoa, e, só então, cuida de si mesmo. A essência do serviço é viver a sua vida em favor de outras pessoas. Este é o tipo de vida que Jesus viveu, e este é o tipo de vida que, como crentes, somos chamados a viver.

Isto é o que significa um ministério autêntico: cuidar e amar os outros. Quais são os maiores atributos de um servo? Bem, é algo como aquela Parábola dos Talentos. Essa história parece sugerir que o Mestre premia quem lida com mais recursos e de maneira mais hábil. Porém, o que realmente o Mestre está elogiando é fidelidade. Os dois primeiros servos receberam elogios, não por causa do investimento que haviam feito, mas por causa da fidelidade deles diante da tarefa lhes havia sido designada. Multiplicar os bens do Mestre não era nada mais do que a tarefa normal deles, entretanto, eles foram recompensados por terem feito o trabalho como deviam. A melhor coisa que um servo pode fazer é ser fiel. “O que se requer dos mordomos é que eles sejam achados fiéis”, Paulo escreve aos murmuradores e rebeldes de Corinto. Paulo saúda os Cristãos de Éfeso chamando-os de “fiéis em Cristo”. Quando Barnabé, representando os presbíteros em Jerusalém, fez a primeira visita oficial à igreja em Antioquia, ele exortou a todos eles a “permanecerem fiéis ao Senhor com propósito firme”.

Os servos progridem no seu trabalho porque eles são fiéis. A confiabilidade de Timóteo chamou a atenção de Paulo. Mais tarde, ainda jovem, ele se torna o líder de uma igreja grande e em expansão em Éfeso. Paulo é cuidadoso ao dizer a Timóteo que este deveria ter atitude de respeito diante das pessoas mais velhas que estavam sob o seu cuidado. Como as coisas, no entanto, são diferentes no mundo! Quando foi a última vez que alguém conseguiu uma grande promoção, em sua empresa, simplesmente pelo de ele ou ela ter feito um trabalho fielmente? Claro que as pessoas conversam sempre sobre a importância de serem dependentes, confiáveis e fiéis. Mas, via de regra, a recompensa vai para aqueles que são “agressivamente” confiáveis, ......... e fielmente adeptos ao jogo promovido pela política da empresa.

Eu ainda ousaria lhe perguntar que tipo de qualidades tem as pessoas em sua igrejamodelo?

As regras são diferentes no Reino de Deus por uma razão muito simples: Não há nada que podemos fazer por Deus. Ele está trabalhando no mundo e pode nos usar para o seu trabalho se escolhermos adotar a atitude de um servo humilde, ouvindo o Espírito Santo e agindo de acordo. Mas não teremos utilidade alguma se nos firmarmos em nossos próprios modelos de liderança e sucesso.

Mas é isso exatamente o que a gente faz. Nós vemos um executivo talentoso, um vendedor cheio de energia, um professor charmoso, um brilhante pensador e dizemos, “se essa pessoa fosse salva, então Deus iria poder fazer muita coisa!” E isso é tão retrógrado! Deus não precisa dele, mas ele precisa de Deus.

Nós dizemos, “Uau! Aí está uma pesoa criativa, cheia das idéias de Deus. Se ele fosse salvo e trouxesse essas idéias para o Reino.” Mas, de novo, Deus não precisa de boas idéias; Deus quer servos.

Olhe para seu passado para entender o poder de Deus que veio para te resgatar. Olhe para a maldade em seu coração nesse momento, para entender a grandeza do amor de Deus. Não existem super estrelas no Reino de Deus! Não existem executivos de escritório, diretores criativos brilhantes, músicos em ascensão, somente servos dos quais os olhos estão sempre fixos em Jesus Cristo. Ele é o modelo de servo, o servo de todos os servos.

Muitas vezes, nosso serviço no Reino é um serviço da boca pra fora. Nossos lábios dizem: É claro, eu quero sempre estar debaixo da direção e controle imediatos de Deus.” Enquanto isso, nossas mentes dizem, “Mas se você realmente quer que isso seja feito, você tem que fazer isso acontecer.” E nós fazemos todas essas coisas “No nome do Senhor”, é claro, mas geralmente não é no nome do Senhor de jeito nenhum.

O fato é que nossa carne se rebela contra a submissão ao controle e à autoridade de Deus. Ela odeia estar fora do centro. Nós somos infinitamente cheios de recursos para inventar um tanto de abordagens e técnicas que irão nos permitir a aparência de estar fazendo uma coisa, enquanto na verdade estamos fazendo outra. Dizemos, “Senhor, Senhor” com nossos lábios mas nossos corações estão longe do coração de Deus.

Paulo estava mencionando esse modelo mundano de liderança quando ele escreveu suas cartas à igreja de Corinto. Os Coríntios estavam pensando em termos de facções: Quem estava do lado de Paulo? Quem estava no grupo do Apolo? Quem estava no campo de Pedro? Qual partido realmente estava na direção do comitê? Paulo escreve:

É assim que alguém deve se lembrar de nós, como servos de Cristo e mordomos dos mistérios de Deus. 1 Coríntios 4:1

Nós também somos mordomos, e os mordomos de Deus protegem, conservam e preservam o Evangelho. Eles não refazem os mistérios de Deus, dão uma melhorada neles ou editam. Um mordomo Cristão fiel se torna um instrumento que Deus usa para proclamar o evangelho. Foi isso exatamente que Paulo fez quando foi confrontado pelos Coríntios competitivos que tinham os corações longe de seus mestres. Ele pregou o Evangelho. De novo, Paulo explica:

Portanto ninguém se glorie no homem! Tudo é vosso, seja Paulo, seja Apolo, seja Cefas, seja o mundo, seja a vida, seja a morte, seja o presente, seja o futuro, tudo é vosso, e vós de Cristo e Cristo de Deus. 1 Coríntios 3:21-23

Tudo é nosso. Perdão, Salvação, vida eterna. Pertencemos a Cristo. E somos mordomos do mistério e oferecemos a quem está ferido. Isso é mais criativo que a sua melhor idéia; tem mais sabedoria que seu pensamento mais profundo; traz mais cura que seu melhor cuidado.

Tome seu lugar como um servo. Compareça à presença de Deus no mais profundo do seu coração e faça o que Ele manda você fazer. Seja fiel nisso e deixe o poder de Deus fluir através de você.

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