terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

COMPROMETIMENTO: UMA RESPOSTA AO SALMO 116.12

Por Bebeto Araújo
13/2/2011

Qualquer pessoa que investe num relacionamento tem expectativas de ser correspondido. Podemos dizer que com Deus não é diferente. Ele te ama, tem manifestado este amor por você de diversas maneiras, por isso espera algo da sua parte.
No Salmo 116.12 encontramos uma pergunta que todos que percebem o amor/bondade de Deus em suas vidas precisam responder. De que maneira prática eu posso retribuir a Deus todo o amor que Ele tem demonstrado por mim?
Se analisarmos os próximos versículos podemos concluir, em uma palavra, que a resposta do salmista foi: comprometimento!
Até onde você está disposto a ir por causa do seu amor por Jesus? Como está o seu comprometimento com ele?
Vamos analisar, primeiramente, uma passagem bíblica que nos alerta sobre o risco de esvaziamento do nosso comprometimento com Jesus Cristo.
Em que nível você está?
(Lucas 22.54-62)
• Estágio 1: Distância “segura”. E Pedro os seguia de longe (v.54).
• Estágio 2: A opção pelo anonimato. Pedro foi e sentou-se com os que estavam em volta do fogo (v.55).
• Estágio 3: Indiferença. Mulher, eu nem conheço esse homem! (v.57).
• Estágio 4: Rejeição. Homem, eu não sei do que você está falando! (v. 60).
A jornada com Jesus assemelha-se mais a uma maratona do que a uma corrida de 100m. Ele está sempre nos desafiando a ir mais longe no nosso compromisso com Ele. Essa reflexão não pode deixar de ser feita: como e onde estamos e como e onde Jesus espera que estejamos?
Que nível Jesus espera que você assuma?
• Primeiro nível: Curiosidade. Venha e veja (João 1.35-39).
• Segundo nível: Comprometimento. Venha e me siga (Lc 18.18-22).
• Terceiro nível: Convicção. Venha e se entregue (Lc 9.23-26).
• Quarto nível: Comissionamento. Agora, testemunhe a outros (Lc 24.48).

Você foi criado para agradar a Deus, orientar sua vida por esse propósito é a base da sua felicidade.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

"Por que essa cidade não vai pra frente...?"

Alguns dias atrás, numa conversa com uma amiga que é médica e vem atuando voluntariamente em um dos programas do Monte Horebe na comunidade rural do Caçador, recebi a seguinte indagação: “Bebeto, porque este lugar não vai pra frente...?”.

Confesso que fiquei com a pergunta na mente e, como cristão, tenho refletido sobre a mesma, especialmente, à luz das Escrituras Sagradas. O mundo inteiro pertence a Deus incluindo a cidade. Deus deu à humanidade as diretrizes e princípios necessários tanto para criar como para gerenciar as cidades. A vontade de Deus é que na cidade haja tanta justiça como as águas de uma enchente e que a honestidade seja como um rio que não pára de correr (cf. Amós 5.24).

Para se entender a cidade é necessário entender os sistemas básicos que fazem com que uma cidade funcione. Os sistemas clássicos que ordenam à vida de uma cidade são os: econômico, político e religioso. Por “religioso” eu entendo o sistema que dá a cidade a razão de sua existência. Educação, saúde, segurança pública, cultura, trabalho, redes de proteção social são subsistemas dos sistemas econômico, político e religioso de uma cidade.

Não precisa muito esforço para perceber que esses sistemas foram corrompidos, contrariando os propósitos de Deus. A economia é baseada na concentração de riquezas para poucos privilegiados e na exploração dos mais fracos. Uma economia de privilégios inevitavelmente resulta numa política opressora que é alimentada pela injustiça. A religião na maioria das vezes abençoa as ordens política e econômica, controlando o povo por meio da manipulação e de um ensino distorcido das Escrituras, que ao invés de promover uma espiritualidade cidadã e uma fé engajada, desconecta as pessoas do mundo convertendo-as em meros candidatos a uma vaga no céu.

A revelação bíblica expressa os planos e propósitos do Criador para as nossas vidas e para o mundo criado. A Palavra de Deus nos adverte acerca das tentações da riqueza, do poder e do prestígio.

Como os sistemas de uma cidade deveriam funcionar se as pessoas da cidade vivessem sob a direção de Deus? O quinto livro da Bíblia, Deuteronômio e especialmente o capítulo seis, é a resposta a esta pergunta. É claro, o contexto é outro, mas os princípios de Deus são eternos.

A religião seria uma religião de relacionamento. A verdadeira religião não é baseada em liturgias, leis e rituais, mas num relacionamento ativo e crescente com Deus. Moisés conclamou o povo para que amasse a Deus de todo o seu coração, alma e força.

Um relacionamento autêntico do povo com Deus resultaria inevitavelmente em uma política de justiça. As instruções de Moisés abordam questões como: redistribuição da riqueza para os pobres; a função social da terra; a proteção das viúvas, dos órfãos, do estrangeiro e do doente; a libertação dos escravizados; a limitação de poder aos governantes, entre outras. Como fruto da justiça, as cidades desfrutariam da paz.

Para funcionar bem, sinalizando o governo de Deus sobre sua vida, o povo teria que adotar uma economia de distribuição. A abundância e riqueza resultante dos recursos naturais concedidos por Deus e da capacidade criativa e competência administrativa do povo deveria beneficiar a todos.

Será que a nossa cidade “iria pra frente” se cada pessoa que se identifica como cristão trabalhasse para que a corrupção no poder público e as desigualdades sociais fossem pelo menos minimizadas? Certamente Itaperuçu avançaria em termos de qualidade de vida para todos, se os gestores públicos fossem competentes, éticos e capazes de amar a Deus e o que Ele ama: a justiça, a solidariedade e a verdade!

Bebeto Araújo
Centro de Treinamento Monte Horebe
Igreja da Vinha em Itaperuçu

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