sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Os segredos de uma vida cristã fascinante

Por Bebeto Araújo

Nas últimas semanas venho conversando com um monte de cristãos de perto e de longe, gente de várias correntes evangélicas, gente que anda com Jesus há muitos anos e gente que está no início da caminhada. Gente com formação teológica e gente sem formação teológica. Gente engajada na causa do evangelho e gente que está buscando com muita vontade descobrir como servir o Reino.

Pessoas muito diferentes em vários aspectos, mas com duas coisas em comum:
a) Pessoas que expressaram o seu desejo de viver uma vida cristã com propósito, uma vida que faz sentido, que vale a pena.
b) Pessoas que têm convivido em suas igrejas locais com o conformismo, com a indiferença ao chamado de Deus e com a falta de entusiasmo pela vida.

Eu fiquei pensando sobre o que faz a diferença entre a vida cristã altamente motivada e a vida cristã que obedece a uma rotina religiosa sem nenhum entusiasmo? Será que essa também não é a nossa realidade? Uma parte das pessoas engajadas, comprometidas, empolgadas com o privilégio de cooperar com o que Deus vem fazendo nesta cidade e outras que estão vivendo uma vida cristã sem graça, sem paixão, sem muito sentido.

Seguir Jesus e comprometer-se com o que ele está comprometido, deveria ser, para todos os cristãos, o mais fascinante projeto de vida.

O apóstolo Paulo, em sua despedida aos cristãos de Éfeso, faz algumas declarações que apontam para os segredos de uma vida cristã fascinante, uma vida nada chata, nada rotineira, uma vida cheia de aventuras com Deus.

Leitura Atos 20.17-38

Parece que Paulo conseguia fechar os olhos e ver o filme do Reino de Deus se desenrolar na história. Suas palavras “o Espírito Santo me diz, de cidade em cidade” (v.23) indicam que ele estava em sintonia com o mover de Deus. Ele conseguia ver o que o Espírito Santo estava fazendo e desejando fazer em seus dias nos lugares onde ele ia passando. Ao invés de focar nos problemas, lutas e sofrimentos (seu umbigo!) ele buscava perceber o agir de Deus em meio ao caos deste mundo e aproximava-se para cooperar. Ele via o agir do Espírito Santo no mundo transformando inimigos de Deus em amigos de Deus. Homens e mulheres sendo reconciliados com o Senhor, sujeitando sua vida ao domínio de Cristo.

Você consegue ver Deus agindo no mundo? Se não, peça que o Espírito Santo abra o seu entendimento e te faça enxergar (não apenas crer) que Deus é o condutor da história e que Ele age no resgate de tudo que foi atingido pelo pecado.

Está claro que o apóstolo Paulo se via nesse filme. Ele conseguia enxergar que tinha uma contribuição específica a dar nesse processo histórico do Reino de Deus. Quando, no v.24, ele reafirma o seu dever de “completar a carreira”, o apóstolo expressa claramente a convicção de que, no filme do Reino de Deus, ele não era espectador, mas ator. Ele não estava assistindo, estava em cena. Ele via em cada necessidade do mundo uma oportunidade de ação missionária. No v.27, em outras palavras ele diz: “eu não deixei passar em branco uma oportunidade sequer de proclamar para vocês o plano de Deus.”

Onde você se encontra, na platéia ou em cena? Tem coisas que Deus preparou para que você fizesse, mais ninguém. Você foi chamado para servir. Sabe como se aprende isso? Servindo!

Paulo declara que o seu papel como agente da missão de Deus no mundo foi definido por Jesus: “o importante é que eu complete a minha carreira e termine o trabalho que o Senhor Jesus me deu para fazer” (v.24). Fazer o que Deus lhe chamou para fazer era o que ocupava o primeiro lugar na agenda de Paulo.

Talvez os maiores impedimentos para que a sua vida cristã torne-se um projeto de vida fascinante sejam as suas “preocupações com a vida” descritas por Jesus em Mateus 6.25-30. Quais são?

Ele define ali um compromisso que seus discípulos deveriam ter: buscar o Reino em primeiro lugar e a partir desse compromisso desfrutar de “todas as outras coisas”.

Inverter isto meus irmãos é cavar a própria sepultura existencial, pois “aquele que quiser salvar a sua vida vai perdê-la, mas quem perder a vida por minha causa, disse Jesus, vai achá-la” (Mt 16.25).

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