Alguns dias atrás, numa conversa com uma amiga que é médica e vem atuando voluntariamente em um dos programas do Monte Horebe na comunidade rural do Caçador, recebi a seguinte indagação: “Bebeto, porque este lugar não vai pra frente...?”.
Confesso que fiquei com a pergunta na mente e, como cristão, tenho refletido sobre a mesma, especialmente, à luz das Escrituras Sagradas. O mundo inteiro pertence a Deus incluindo a cidade. Deus deu à humanidade as diretrizes e princípios necessários tanto para criar como para gerenciar as cidades. A vontade de Deus é que na cidade haja tanta justiça como as águas de uma enchente e que a honestidade seja como um rio que não pára de correr (cf. Amós 5.24).
Para se entender a cidade é necessário entender os sistemas básicos que fazem com que uma cidade funcione. Os sistemas clássicos que ordenam à vida de uma cidade são os: econômico, político e religioso. Por “religioso” eu entendo o sistema que dá a cidade a razão de sua existência. Educação, saúde, segurança pública, cultura, trabalho, redes de proteção social são subsistemas dos sistemas econômico, político e religioso de uma cidade.
Não precisa muito esforço para perceber que esses sistemas foram corrompidos, contrariando os propósitos de Deus. A economia é baseada na concentração de riquezas para poucos privilegiados e na exploração dos mais fracos. Uma economia de privilégios inevitavelmente resulta numa política opressora que é alimentada pela injustiça. A religião na maioria das vezes abençoa as ordens política e econômica, controlando o povo por meio da manipulação e de um ensino distorcido das Escrituras, que ao invés de promover uma espiritualidade cidadã e uma fé engajada, desconecta as pessoas do mundo convertendo-as em meros candidatos a uma vaga no céu.
A revelação bíblica expressa os planos e propósitos do Criador para as nossas vidas e para o mundo criado. A Palavra de Deus nos adverte acerca das tentações da riqueza, do poder e do prestígio.
Como os sistemas de uma cidade deveriam funcionar se as pessoas da cidade vivessem sob a direção de Deus? O quinto livro da Bíblia, Deuteronômio e especialmente o capítulo seis, é a resposta a esta pergunta. É claro, o contexto é outro, mas os princípios de Deus são eternos.
A religião seria uma religião de relacionamento. A verdadeira religião não é baseada em liturgias, leis e rituais, mas num relacionamento ativo e crescente com Deus. Moisés conclamou o povo para que amasse a Deus de todo o seu coração, alma e força.
Um relacionamento autêntico do povo com Deus resultaria inevitavelmente em uma política de justiça. As instruções de Moisés abordam questões como: redistribuição da riqueza para os pobres; a função social da terra; a proteção das viúvas, dos órfãos, do estrangeiro e do doente; a libertação dos escravizados; a limitação de poder aos governantes, entre outras. Como fruto da justiça, as cidades desfrutariam da paz.
Para funcionar bem, sinalizando o governo de Deus sobre sua vida, o povo teria que adotar uma economia de distribuição. A abundância e riqueza resultante dos recursos naturais concedidos por Deus e da capacidade criativa e competência administrativa do povo deveria beneficiar a todos.
Será que a nossa cidade “iria pra frente” se cada pessoa que se identifica como cristão trabalhasse para que a corrupção no poder público e as desigualdades sociais fossem pelo menos minimizadas? Certamente Itaperuçu avançaria em termos de qualidade de vida para todos, se os gestores públicos fossem competentes, éticos e capazes de amar a Deus e o que Ele ama: a justiça, a solidariedade e a verdade!
Bebeto Araújo
Centro de Treinamento Monte Horebe
Igreja da Vinha em Itaperuçu
Confesso que fiquei com a pergunta na mente e, como cristão, tenho refletido sobre a mesma, especialmente, à luz das Escrituras Sagradas. O mundo inteiro pertence a Deus incluindo a cidade. Deus deu à humanidade as diretrizes e princípios necessários tanto para criar como para gerenciar as cidades. A vontade de Deus é que na cidade haja tanta justiça como as águas de uma enchente e que a honestidade seja como um rio que não pára de correr (cf. Amós 5.24).
Para se entender a cidade é necessário entender os sistemas básicos que fazem com que uma cidade funcione. Os sistemas clássicos que ordenam à vida de uma cidade são os: econômico, político e religioso. Por “religioso” eu entendo o sistema que dá a cidade a razão de sua existência. Educação, saúde, segurança pública, cultura, trabalho, redes de proteção social são subsistemas dos sistemas econômico, político e religioso de uma cidade.
Não precisa muito esforço para perceber que esses sistemas foram corrompidos, contrariando os propósitos de Deus. A economia é baseada na concentração de riquezas para poucos privilegiados e na exploração dos mais fracos. Uma economia de privilégios inevitavelmente resulta numa política opressora que é alimentada pela injustiça. A religião na maioria das vezes abençoa as ordens política e econômica, controlando o povo por meio da manipulação e de um ensino distorcido das Escrituras, que ao invés de promover uma espiritualidade cidadã e uma fé engajada, desconecta as pessoas do mundo convertendo-as em meros candidatos a uma vaga no céu.
A revelação bíblica expressa os planos e propósitos do Criador para as nossas vidas e para o mundo criado. A Palavra de Deus nos adverte acerca das tentações da riqueza, do poder e do prestígio.
Como os sistemas de uma cidade deveriam funcionar se as pessoas da cidade vivessem sob a direção de Deus? O quinto livro da Bíblia, Deuteronômio e especialmente o capítulo seis, é a resposta a esta pergunta. É claro, o contexto é outro, mas os princípios de Deus são eternos.
A religião seria uma religião de relacionamento. A verdadeira religião não é baseada em liturgias, leis e rituais, mas num relacionamento ativo e crescente com Deus. Moisés conclamou o povo para que amasse a Deus de todo o seu coração, alma e força.
Um relacionamento autêntico do povo com Deus resultaria inevitavelmente em uma política de justiça. As instruções de Moisés abordam questões como: redistribuição da riqueza para os pobres; a função social da terra; a proteção das viúvas, dos órfãos, do estrangeiro e do doente; a libertação dos escravizados; a limitação de poder aos governantes, entre outras. Como fruto da justiça, as cidades desfrutariam da paz.
Para funcionar bem, sinalizando o governo de Deus sobre sua vida, o povo teria que adotar uma economia de distribuição. A abundância e riqueza resultante dos recursos naturais concedidos por Deus e da capacidade criativa e competência administrativa do povo deveria beneficiar a todos.
Será que a nossa cidade “iria pra frente” se cada pessoa que se identifica como cristão trabalhasse para que a corrupção no poder público e as desigualdades sociais fossem pelo menos minimizadas? Certamente Itaperuçu avançaria em termos de qualidade de vida para todos, se os gestores públicos fossem competentes, éticos e capazes de amar a Deus e o que Ele ama: a justiça, a solidariedade e a verdade!
Bebeto Araújo
Centro de Treinamento Monte Horebe
Igreja da Vinha em Itaperuçu