segunda-feira, 21 de julho de 2008

NOSSOS VALORES

ADORAÇÃO (Gr. LATREIA)

A adoração representa a maneira mais óbvia pela qual a igreja cumpre seu propósito de dar honra a Deus.

Elementos da adoração:
• Oferta de louvor – a igreja é uma comunidade de sacerdotes que leva Deus um “sacrifício de louvor” (Hb 13.15; 1Pe 2.5).
• A Palavra de Deus – outro elemento básico, foi introduzido na prática cristã mediante a herança que igreja recebeu da sinagoga judaica, onde o principal elemento era a leitura e exposição da lei (Lc 4.16-27; At 13.14s).
• Contribuição financeira – Existe no AT uma riqueza de ensino quanto ao oferecimento de dízimos e oferta ao Senhor (Gn 14.20; Lv 27.30; 1Cr 26.6s; Ed 1.6; Ml 3.10). A principal passagem no NT está em 1 Co16.1-4 (cf. Mt 6.2-4; 2Co 8-9).

Aspectos da adoração:
1. O Cristo vivo está presente em nosso meio. Este fato não tem paralelo em outras religiões. Nós não nos reunimos para reverenciar uma memória, mas para celebrar uma presença.
2. O Espírito Santo dinamiza a adoração (Jo 4.24; Fp 3.3). Ele torna reais as coisas de Deus (1Co 12.3), inspira oração (Rm 8.26s), induz ao louvor (Ef 5.18s), leva à verdade (1Co 2.10-13), concede seus dons (Rm 12.4-8) e convence os incrédulos (Jo 16.8; 1Co 14.24s).
3. A adoração promove a comunhão. A adoração cristã no princípio era marcada pelo profundo cuidado uns pelos outros, e pela participação ativa na igreja (At 2.42-47; 4.32-35).

A adoração fora dos portões

A adoração na igreja primitiva não era restrita aos atos de louvor e atividades ministeriais. Os primeiros cristãos compreenderam que adoração era uma atitude que deveria acompanhar todas as situações da vida. Adoração deve constituir um estilo de vida em que “tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai” (Cl 3.17).


COMUNHÃO (Gr. KOINONIA)

A comunhão entre as pessoas e a glorificação de Deus pela igreja acham-se intimamente ligadas: “Portanto, acolhei-vos uns aos outros, como também Cristo nos acolheu para a glória de Deus” (Rm 15.7). Quando nos esforçamos para preservar a comunhão na igreja Deus é glorificado.

Essa comunhão se manifesta através de atitudes de amor (agape), generosidade, serviço, solidariedade. Agape significa o amor do Calvário, esse amor que se humilhou, perdoou, amor de preço bem alto, que constituiu o selo da comunidade cristã primitiva e que continua sendo um aspecto essencial da igreja que honra a Deus em qualquer geração. Amor desta qualidade é impossível ao ser humano, por isso o NT fala constantemente dele como sendo um dom do Espírito Santo (Rm 5.5), embora seja, contudo, intensamente prático (1Jo 3.17s; Rm 15.25s; 2Co 8-9; Hb 13.2; Gl 6.2; Hb 10.25; Fp 1.9-11, 19).

MINISTÉRIO/SERVIÇO (Gr. DIAKONIA)

A primeira igreja tinha o serviço como mais um meio de dar glória a Deus (1Pe 2.12). O servo Messias (Mc 10.45) chama a igreja para identificar-se com ele na comunidade de servos.

O ensino bíblico sobre o ministério da igreja (diakonia) possui três aspectos fundamentais:

Os dons do Espírito
Todas as principais passagens do Novo Testamento que tratam deste tema afirmam que um dom ou dons do Espírito são concedidos a todo homem ou mulher verdadeiramente regenerado (Rm 12.3ss; 1Co 12.7-11; Ef 4.7, 16; 1Pe 4.10). Sendo assim, todo cristão é chamado para ministrar. Ser um membro do Corpo de Cristo (Igreja) é ser ministro de Cristo (1Co 12.7, 11).

Somos, portanto, responsáveis diante de Deus pela identificação de nosso dom e ministério e por exerce-lo para o bem de nossa igreja local. O propósito desses dons e ministérios é duplo: (1) eles glorificam o Senhor Jesus Cristo e (2) promovem a edificação da igreja (Ef 4.12).
Liderança Ministerial

O Antigo Testamento apresenta um precedente claro nos ministérios dos sacerdotes (Gn 14.18; Ex 28.1s), dos profetas (Dt 18.15s; Is 6.11ss) e dos anciãos (Ex 3.16; Dt 19.12). Jesus aplicou este princípio chamando os doze discípulos, e o Novo Testamtento reflete mais tarde este mesmo padrão ao nomear anciãos (presbyteroi) ou bispos (episkopoi), diáconos (diakonoi) (At 14.23; 1Tm 3.1-3; Tt 1.5) e os evangelistas, pastores e mestres (Ef 4.11).

Os vários tipos de ministério não implicam que a vida cristã tenha dois níveis, líderes e povo. O líder não está mais próximo de Deus, nem acima do povo – a distinção aí é essencialmente funcional.

O Ministério fora da igreja

O serviço que a igreja realiza deve ser dirigido primeiramente aos que fazem parte da família da fé (Gl 6.10). Mas não pode parar aí, pois o serviço de Jesus em seu sentido mais profundo foi oferecido em favor de seus inimigos (Rm 5.6-8). A igreja deve, portanto, glorificar a Deus sendo o sal e a luz da sociedade (Mt 5.16), comprometendo-se a ser um sinal histórico do Reino de Deus e compreendendo que a evangelização implica necessariamente a ação social.

A igreja, na condição de povo de Deus, comunidade do Rei e agência do Reino tem a responsabilidade de unir os seus esforços para influenciar a sociedade através de um estilo de vida mais justo, mais puro, mas honesto e mais solidário, um reflexo do caráter de Deus e, portanto, que honra mais o seu nome.

Deus não tolera a espiritualidade escapista que apenas gera indiferença e egoísmo. Ouvir a voz de Deus e estar conectado com o mundo, disposto a trabalhar por uma sociedade mais justa, é algo que agrada o coração do Pai, trás a Sua presença para o meio do Seu povo e consequentemente manifesta a Sua glória na Terra (Is 58.1-12).

A igreja que nasceu em Jerusalém, na festa de Pentecostes, não precisou ser exortada à prática do serviço a favor dos necessitados. Transbordantes de alegria, de gratidão e amor, naturalmente começam a dividir o que têm para suprir as necessidades dos mais carentes. Não como obrigação, mas como privilégio (At 2.41-47; 4.31-37).


ENSINO (Gr. DIDAKÉ) E PREGAÇÃO (Gr. KERIGMA)
A Palavra de Deus chega a nós de duas maneiras: Jesus pregava e ensinava (Mt 9.35). As duas coisas são necessárias. A Palavra de Deus chega a nós de dois modos diferentes: como verdade e como mandamento. Por exemplo, se eu digo “Cristo morreu por nossos pecados”. O que é isso? Verdade ou mandamento? Verdade! Se eu digo “Ama a teu próximo como a ti mesmo”, é um mandamento.
Nas Escrituras, a soma de todas as verdades, se chama kerigma em grego. E a soma de todos os mandamentos se chama didaké. A palavra didaké está traduzida por doutrina ou ensino. A palavra kerigma está traduzida por pregação. Em grego ao pregador se diz kerus, e ao mestre didaskalos, que vem de didaké.
Para sua edificação a Igreja necessita destas duas coisas. A verdade afirma, o tom é afirmativo. O mandamento por sua vez tem tom imperativo, dá ordens, revelando a vontade de Deus. Portanto, o kerigma proclama e revela a Cristo, sua pessoa e sua obra, a didaké revela a vontade de Deus para nós. Quando alguém proclama o kerigma, o kerigma exige fé. O mandamento exige obediência.
Um aspecto importante dessa área ministerial da igreja é a instrução pessoal ou o discipulado. Precisamos buscar a habilidade concedida por Deus para saber em cada situação escutar, aconselhar, exortar. Alguns necessitam ânimo, outros necessitam oração, outros apenas ser ouvidos, compreendidos, amados.
É indispensável para a edificação da igreja a instrução pessoal. Cada pessoa é valiosa, cada pessoa é amada por Deus, e Ele quer chegar a cada um com sua graça, com seu amor, com sua medida justa do que cada um precisa.

TESTEMUNHO (Gr. MARTYRIA)

O chamado para testemunhar é o cerne das instruções finais de Jesus aos apóstolos (At 1.8), e no Pentecostes eles iniciaram essa tarefa: anunciar todo o Evangelho, em todos os lugares e a todos os homens.

No contexto legal, martyria significa fazer uma defesa; o testemunho verbal é a essência de seu significado. Idéias tais como “testemunhar pela vida”, “deixar que a minha vida fale” não transmitem a intenção certa. A tarefa com a qual Jesus incubiu a igreja envolve a proclamação verbal do anúncio de uma nova realidade: a chegada do Reino de Deus (Mt 4.12-17; Mc 1.14, 15). O Rei justo e verdadeiro, Jesus Cristo, venceu o diabo na cruz do Calvário e a sua manifestação visa a destruição das obras do diabo na sociedade (Mt 4.23-25; Lc 4.18-21; 7.20-23).

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