Vinha News - Ano 1 - 1ª Edição

Hebreus 11:23-27

QUESTÕES DA VIDA
Por Bebeto Araújo

Moisés é considerado um dos maiores líderes da história do povo hebreu. Liderou aproximadamente 1 milhão de pessoas no processo de libertação do israelitas da escravidão do Egito. Foi o homem a quem Deus entregou os Dez Mandamentos. Um homem que desenvolveu um relacionamento de muita intimidade com Deus. Um homem tremendamente usado por Deus. Escreveu os primeiros cinco livros da Bíblia - Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.

Eu acredito que podemos aprender muito com a vida deste homem. Um homem que tinha um senso aguçado de missão, que vivia uma vida com propósitos claros e bem definidos. Um homem abençoado por Deus.

Mas, para viver esta vida com direção e significância, essa vida abençoada, Moisés teve que resolver algumas questões básicas em sua vida. Penso que da mesma forma, cada um de nós precisa encarar estas questões. E as questões estão relacionadas a:

a) Identidade

b) Responsabilidade

c) Prioridade

d) Autoridade

VOCE PRECISA PARAR PARA REFLETIR SOBRE AS QUESTÕES FUNDAMENTAIS DA SUA VIDA!

Hb. 11: 23 a 27

23Foi pela fé que os pais de Moisés, quando ele nasceu, o esconderam durante três meses. Eles viram que o menino era bonito e não tiveram medo de desobedecer à ordem do rei.

24Foi pela fé que Moisés, quando já era adulto, não quis ser chamado de filho da filha de Faraó. 25Ele preferiu sofrer com o povo de Deus em vez de gozar, por pouco tempo, os prazeres do pecado. 26Ele achou que era muito melhor sofrer o desprezo por causa do Messias do que possuir todos os tesouros do Egito. É que ele tinha os olhos fixos na recompensa futura.

27Foi pela fé que Moisés saiu do Egito, sem ter medo da raiva do rei, e continuou firme, como se estivesse vendo o Deus invisível.

1. EU PRECISO DEFINIR MINHA IDENTIDADE

Quem sou eu?

"Pela fé Moisés, já adulto, recusou ser chamado filho da filha do faraó..." Hb. 11.24 (NVI)

Preciso esclarecer exatamente quem e o que sou.

No caso de Moisés essa era uma questão muito importante.

Ele nasceu como filho de escravos hebreus, mas foi posto no rio Nilo numa pequena cesta, porque estavam matando os bebês e a mãe de Moisés não queria que o matassem. Ele foi achado pela filha do faraó e levado para o palácio. Embora tenha nascido de escravos hebreus, ele foi criado na corte do faraó. Eventualmente ele teve que tomar uma decisão que foi a seguinte: Quem sou eu realmente? Sou um escravo hebreu? Ou sou um membro da família real egípcia? Havia grandes conseqüências para esta decisão.

As duas oportunidades foram:

a. Faço de contas que sou filho da filha de Faraó? Se for assim, terei fama, todo dinheiro do mundo que eu quiser, terei luxo e tudo o que desejar. Terei fortuna, prazeres e status (fantasia!).

b. A outra opção: admito as minhas raízes como hebreu e retorno a viver com os escravos e ser humilhado, desgraçado, tendo que fazer trabalho duro e possivelmente perder a minha própria vida? (realidade!)

Moisés tomou a decisão certa e esta decisão afetou o resto de sua vida. Serei o que Deus me fez para ser, essa foi sua decisão.

Às vezes sua vida está enrolada simplesmente porque você está se matando para ser alguém que você não é. Talvez tentando viver de acordo com a expectativa de outras pessoas. Isso não funciona, só gera estresse e tensões.

Ter sucesso – ser feliz - não é ser o que o outro é, não é ter o que o outro tem, não é fazer o que a maioria faz. Ser bem sucedido está diretamente relacionado ao fato de você buscar ser quem Deus te fez para ser.

A primeira questão básica é: Descobrir quem eu sou. E Moisés, apesar do que ele estava abrindo mão, disse: "Eu sei quem eu sou. Eu sou um hebreu."

2. EU PRECISO ASSUMIR MINHA RESPONSABILIDADE

"...preferindo ser maltratado com o povo de Deus a desfrutar os prazeres do pecado durante algum tempo." Hb. 11:25 (NVI)

Moisés “preferiu”, ou seja, “escolheu”, “decidiu”, assumiu a responsabilidade com as conseqüências de sua escolha de ser a pessoa que Deus queria que ele fosse.

Observe:

Hebreus 11:24 e veja Moisés recusando... Diz que ele recusou ser filho da filha de Faraó. Depois, no verso 25 nós o vemos fazendo uma escolha, Uma decisão negativa é seguida por uma positiva. Primeiro, eu me recuso a fazer isto, e depois eu escolho fazer aquilo outro. Isto é muito importante.

A vida cristã não é um bando de "não faça isto". Algumas pessoas acham que a vida cristã é apenas "NÃO". Não beba, não fume, não xingue, não dance. Mas aqui diz que a recusa foi seguida pela escolha. A rejeição de algo negativo tem que ser seguido pela aceitação de algo positivo do bom plano de Deus para a minha vida.

"Assim, cada um de nós prestará contas de si mesmo a Deus." Rm. 14:12 (NVI).

3. EU PRECISO DEFINIR MINHAS PRIORIDADES

"Por amor de Cristo, considerou sua desonra uma riqueza maior do que os tesouros do Egito, porque contemplava a sua recompensa." Hb. 11:26 (NVI)

Circule a palavra "considerou". Ela indica um julgamento de valor. Ela significa avaliar, considerar, ponderar em uma balança, julgar o valor. Moisés basicamente sentou-se e disse: "Quais serão os meus valores e em cima do que é que vou viver?

Isso significa que tenho que resolver a questão:

O que é realmente importante na vida? Moisés fez isso também e esta é uma das razões pela qual Deus pode usá-lo. Ele definiu suas prioridades, definiu o que seria mais importante em sua vida. Sobre que valores sua vida está baseada?

Percebemos nos versículos 24 a 26 a base do sistema de valores deste mundo (analise quantas propagandas na TV apelam para essas questões):

§ Poder e Prestígio (quero fama e reconhecimento): v. 24

§ Prazer (o mais importante é que eu me sinta bem): v. 25

§ Posses (o mais importante é ter cada vez mais): v. 26.

É irônico o fato de que quando você olha para a vida de Moisés, pelos padrões do mundo, ele tinha todas estas três coisas. Obviamente, ele tinha poder e prestígio - ele estava na linha de sucessão do faraó. Ele tinha prazer - todos os seus desejos poderiam ser satisfeitos. E ele tinha possessões - toda a riqueza do mundo estava concentrada no Egito. Mas Moisés se afastou de tudo isso. Por quê? Porque ele tinha valores mais altos. Ele sabia que estas coisas não permanecem.

Você deseja ser usado por Deus, mas há um ponto importante: Se você vai dizer "sim" para o que Deus deseja fazer em sua vida, terá que dizer "não" para muitas outras coisas. Não vai dar para viver para Jesus e ser guiado pelos padrões do mundo ao mesmo tempo. Este é o problema básico.

Observe que o sistema de valores de Moisés estava em oposição aos valores do mundo. Ele tinha três valores básicos.

- Os valores da vida de Moisés:

§ Os planos de Deus têm mais valor, são mais preciosos do que a popularidade: v.24

§ A fidelidade a Deus tem mais valor do que os prazeres do pecado: v.25

Nosso problema é que geralmente queremos servir a Deus quando nos é conveniente.

§ A paz de Deus tem mais valor do que possessões: v.26

Uma tarefa para fazer em casa: Vá para casa e faça uma lista dos valores que você possa dizer: "São estas as coisas sobre as quais eu quero construir a minha vida." Amor, fé, serviço ao próximo, gratidão, integridade...Faça uma lista desses valores de tal maneira que você viva uma vida baseada em valores.

Atenção: Se você não decide o que é realmente importante para você na vida, outras pessoas farão isso por você. Você precisa determinar as suas prioridades.

Estas são as questões básicas da vida que você terá que resolver:

Identidade, Responsabilidade, Prioridade.

Mas há uma que é ainda mais importante do que as outras três.

4. EU PRECISO ESCOLHER QUEM SERÁ MINHA AUTORIDADE

"Pela fé saiu do Egito, não temendo a ira do rei, e perseverou porque via aquele que é invisível." Hb. 11:27 (NVI)

Moisés sabia a quem deveria temer. Ele sabia quem de fato era o Rei. Quem deveria controlar sua vida. Terei que decidir quem é que estará no controle de minha vida. Isso é uma questão básica. Trata-se de uma questão de autoridade.

Jesus afirmou isto da seguinte maneira: "Ninguém pode servir a dois senhores. Pois odiará a m e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro." Mt. 6:24 (NVI) Você não pode ter dois senhores na vida. Então esta questão será a questão com a qual você terá que lidar ou ela trará enorme estresse e frustração durante toda a sua vida.

"Pela fé saiu do Egito, não temendo a ira do rei, e perseverou porque via aquele que é invisível." Hb. 11:27 (NVI) No Egito naqueles dias, o faraó era o supremo senhor e soberano sobre todas as coisas. Se faraó mandasse você fazer alguma coisa, era melhor que você o fizesse. Se não fizesse estaria morto. Ele tinha completo controle sobre todos os que estavam debaixo do seu domínio. Ele era o senhor absoluto do Egito. Exceto para Moisés. Ele disse: "Eu obedeço a uma autoridade maior." A Bíblia diz que ele via aquele que é invisível (v. 27) Moisés disse: "Vou viver a minha vida para a audiência de Uma só Pessoa."

Quem é o número um em sua vida? Você está vivendo para receber a aprovação de quem?

· Conclusão

A questão de identidade - Eu não serei quem eu não sou. Não tentarei manter a imagem do mundo daquilo que as pessoas crêem ser um sucesso. Serei o que Deus me fez para ser. Não invejarei outras pessoas que não são como eu.

A questão de responsabilidade – a vida é feita de escolhas e cada uma delas me traz conseqüências. Eu não colocarei a culpa nos outros pelos meus problemas.

A questão de prioridade - Tenho sentado e feito uma lista de valores baseados na palavra de Deus, valores sobre os quais construirei a minha vida?

A questão de autoridade - Quem será o número um? Quem é que dará as ordens? Cristão é aquele que usa uma roupa com um sinal que diz: "Sob nova direção". Eu costumava dar as ordens em minha vida, mas eu decidi que não sou tão bom nessa área. Funciona muito melhor quando você está em sintonia com quem fez você -- o Criador. Esta é a sua escolha.

Josué disse isso:

“Escolham hoje a quem irão servir, se aos deuses que os seus antepassados serviram além do Eufrates, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra vocês estão vivendo. Mas, eu e a minha família serviremos ao Senhor." Js. 14:15 (NVI)

Série de mensagens sobre o Reino de Deus

27/09/2009

Mensagem 3

O REINO É HOJE

Por Bebeto Araújo

Vimos no domingo passado que a Palavra do Senhor divide o desenrolar do propósito redentor de Deus na história em duas eras: esta era e a era por vir. Essas duas eras são separadas pela segunda vinda de Cristo, ressurreição dos mortos, destruição final de Satanás e o julgamento final. Depois desses eventos desfrutaremos das bênçãos do Reino em toda a sua plenitude.

No entanto, já percebemos que há uma sobreposição entre esta era e a era por vir. Ou seja, a teologia do NT testamento nos obriga a concluir que as bênçãos da era por vir não permanecem mais exclusivamente no futuro – elas podem ser experimentadas por você hoje, nesta era. Hebreus 6.5 diz que os crentes em Jesus “...experimentaram a bondade da palavra de Deus e os poderes da era que há de vir,...”. Algo aconteceu que tornou presente o que pertence ao futuro. Embora ainda vivamos na presente era perversa, e embora Satanás ainda seja o deus desta era, podemos degustar os poderes da era por vir. A degustação não é um banquete, mas é real, você pode provar e saber que a comida ou bebida é boa! Isso é mais do que uma promessa futura; é a realização de algo, é uma experiência. Provem, e vejam como o Senhor é bom (Sl 34.8). Ler também Rm 12.2.

O Reino de Deus é futuro, mas ele não está apenas no futuro!

O Caráter do Reino (1Co 15.22-26)

22Assim como, por estarem unidos com Adão, todos morrem, assim também, por estarem unidos com Cristo, todos ressuscitarão. 23Porém cada um será ressuscitado na sua vez: Cristo, o primeiro de todos; depois os que são de Cristo, quando ele vier; 24e então virá o fim. Cristo destruirá todos os governos espirituais, todas as autoridades e poderes e entregará o Reino a Deus, o Pai. 25Pois Cristo tem de reinar até que Deus faça com que ele domine todos os inimigos. 26O último inimigo que será destruído é a morte.

O Reino de Deus é o reinado de Cristo destruindo os inimigos de Seu reino. É isto que o Reino de Deus representa: a derrota dos inimigos de Deus. Quem são os seus inimigos? O último deles é a morte (v.26). De onde vem a morte? Conforme Rm 6.23, a morte vem do pecado, portanto, o pecado também é inimigo e precisa ser destruído.

De onde vem o pecado? Qual é a origem do mal? Claro que é Satanás. Essa é a “trindade do abismo”: Satanás, o pecado e a morte. Cristo colocará esta “trindade” debaixo de seus pés – este é o triunfo do Rei de Deus!

A derrota de Satanás, do pecado e da morte pelo reinado de Cristo pertence exclusivamente ao futuro, ou há uma derrota inicial que já foi realizada? Hebreus 2.14, 15 nos diz:

14Os filhos, como ele os chama, são pessoas de carne e sangue. E por isso o próprio Jesus se tornou igual a eles, tomando parte na natureza humana deles. Ele fez isso para que, por meio da sua morte, pudesse destruir o Diabo, que tem poder sobre a morte. 15E também para libertar os que foram escravos toda a sua vida por causa do medo da morte.

Esta passagem afirma que por meio de sua morte (cruz)Cristo destruiu Satanás. Essa é a derrota inicial – ainda haverá outros dois estágios: no fim do milênio, o lago de fogo e no início do milênio, o abismo.

O que é o evangelho do Reino?

É Deus agindo neste mundo para libertar homens e mulheres da servidão de Satanás. O Reino de Deus está em ação! Por meio da morte de Cristo você pode ser libertado do poder das trevas e entrar na vida e na benção do Reino do Filho amado de Deus.

Conclusões

1. O poder do Reino de Deus já invadiu o domínio de Satanás – a presente era perversa.

2. Por meio da cruz, Cristo quebrou o poder do deus desta era para que os homens possam conhecer o governo de Deus em sua vida.

3. As bênçãos da era do Messias já estão disponíveis àqueles que abraçam o Reino de Deus.

4. Já podemos desfrutar as bênçãos resultantes da derrota inicial de Satanás.

Série de mensagens sobre o Reino de Deus

20/09/2009

Mensagem 2

O REINO É AMANHÃ

Por Bebeto Araújo

Vimos no domingo passado que o Reino de Deus, basicamente, é o governo de Deus. É o reinado/soberania de Deus em ação. Quando Deus reina tudo ganha um novo sentido em minha vida, na vida da igreja e da comunidade. Quando Deus reina, Ele põe ordem onde antes só havia caos.

Hoje nós vamos ver o NT nos diz sobre o aspecto futuro do Reino de Deus. Na seqüência nos dedicaremos ao aspecto presente do Reino.

O Reino de Deus já veio, por isso você pode vivenciar as bênçãos do reino já, aqui e agora! No entanto, o NT ensina que de forma clara que a vontade de Deus não será plenamente realizada nesta era. A doutrina bíblica afirma que o propósito redentor de Deus será perfeitamente estabelecido na segunda vinda de Cristo.

Para entendermos melhor como o Reino de Deus pode ser tanto futuro como presente, precisamos projetar esta verdade contra o pano de fundo de um ensino bíblico pouco enfatizado nas igrejas.

Às vezes algumas traduções da Bíblia distorcem a cosmovisão bíblica para alguns temas. É comum o entendimento de que a existência dos cristãos será vivida em “dois mundos”: a vida presente na terra e a vida futura no céu. Há duas palavras do NT grego que são traduzidas por uma palavra única “mundo”. Primeiro há a palavra kosmos. O kosmos é algo que está em ordem, ou harmonia, organizado de maneira adequada (universo). A palavra “cosmético” deriva daí.

Outra palavra é éon que não tem nada a ver com ordem ou estrutura, mas designa um período de tempo e deve ser traduzida como “era”.

Quando analisamos essa palavra no NT, percebemos que no curso do propósito redentor de Deus há duas eras que são chamadas “esta era” e “era por vir” ou “era vindoura”. Em Mateus 12.32 lemos: “Todo aquele que disser uma palavra contra o Filho do homem será perdoado, mas quem falar contra o Espírito Santo não será perdoado, nem nesta era nem na que há de vir”. Jesus não falou aí de “dois mundos”, mas sim de duas eras (éon). A blasfêmia contra o Espírito Santo nunca será perdoada – diz o texto. A extensão desse “nunca” está relacionada a dois períodos de tempo (a era presente e a por vir), não a dois lugares.

O que separa essas duas eras?

Três eventos:

a) A segunda vinda de Cristo (Mt 24.3) – A pergunta não está relacionada à “destruição deste mundo”, mas sim a consumação desta era que será seguida por outra era inaugurada pela vinda de Cristo com poder e glória (v.30).

b) A ressurreição dos mortos (Lc 20. 34, 35) – os que entrarão na era por vir farão isso pelo caminho da ressurreição.

c) A destruição de Satanás e o julgamento final (Ap 20.7-15) – Só a partir daí o Reino de Deus será estabelecido em toda a Sua plenitude, então a terra será renovada (mas continuará sendo a terra), não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga era já passou e o Rei que está assentado no trono fará nova todas as coisas (Ap 21.1, 4-5).

Quais são as características dessas duas eras?

- Esta era é dominada pelo mal, perversidade e rebelião contra a vontade de Deus. Lemos em Gl 1.4 que Cristo “se entregou a si mesmo por nossos pecados a fim de nos resgatar desta presente era perversa”. Algumas versões traduzem “...nos livrar deste mundo mau.” Mas não aparece aí a palavra kosmos, mas sim éon.

Esta era é uma era sobre a forte influência de Satanás (2Co 4.3, 4). Duas coisas se destacam nesta passagem:

a) Satanás é o deus desta era.

b) Satanás “cega” o entendimento das pessoas para que elas permaneçam afastadas de Cristo.

- A era por vir é o Reino de Deus, a perfeita manifestação da benção de Deus sobre os que crêem em Cristo como único e suficiente salvador.

Conclusões

1. A Bíblia ensina que não vivenciaremos as bênçãos plenas do Reino de Deus nesta era. Portanto, estaremos sujeitos ao sofrimento, à dor, as tribulações – o que não significa que Deus nos abandonou, mas que ainda estamos numa era sob a influência do deus desta era: Satanás.

2. O Reino de Deus jamais será plenamente realizado antes da vinda pessoal, gloriosa e vitoriosa de Cristo. Ou seja, nós não podemos construir o Reino de Deus – Cristo o trará.

3. As forças de Satanás e do mal serão vencidas pela ação poderosa da volta de Cristo. Mas este dia está chegando! A palavra de Deus nos aconselha a vigiar, a estarmos atentos, prontos e à espera deste dia.

Que venha o Reino, que seja feita a tua vontade SENHOR Jesus!

Série de mensagens sobre o Reino de Deus

Mensagem 01 - 13/09/2009

O que é Reino de Deus?

Por Bebeto Araújo

Vivemos em um período da história fascinante (tantas descobertas e avanços, por exemplo, nas áreas de medicina e tecnologia) e ao mesmo tempo temível ouvindo, vendo e sentindo tanta injustiça, maldade, caos ético na política, catástrofes ambientais, etc. Perguntamos: “Onde vamos parar? Qual é o sentido e objetivo da história humana?

A fé cristã me faz afirmar: “eu tenho esperança!” E como a fé cristã não é “um salto no escuro”, nós precisamos encontrar base para as nossas afirmações, precisamos, como disse o apóstolo Pedro, estar prontos para explicar para qualquer pessoa porque temos esperança (1Pe 3.15).

A fé cristã expressa sua esperança em termos do Reino de Deus. Os profetas anunciaram que chegaria um dia onde os seres humanos viveriam juntos e em paz:

Deus será o juiz das nações,

decidirá questões entre muitos povos.

Eles transformarão as suas espadas em arados

e as suas lanças, em foices.

Nunca mais as nações farão guerra,

nem se prepararão para batalhas.

(Is 2.4)

Depois vem Jesus de Nazaré com a proclamação:

Arrependam-se dos seus pecados porque o Reino do Céu está perto!

(Mt 4.17)

A vinda do Reino de Deus foi o tema central na missão de Jesus. Seu ensino visava mostrar as pessoas como entrar no Reino de Deus:

Pois eu afirmo a vocês que só entrarão no Reino do Céu se forem mais fiéis em fazer a vontade de Deus do que os mestres da Lei e os fariseus.

(Mt 5.20)

Não é toda pessoa que me chama de “Senhor, Senhor” que entrará no Reino do Céu, mas somente quem faz a vontade do meu Pai, que está no céu

(Mt 7.21)

Suas obras poderosas pretendiam provar que o Reino de Deus havia chegado:

Na verdade é pelo poder de Deus que eu expulso demônios, e isso prova que o Reino de Deus já chegou até vocês.

(Mt 12.28)

Suas parábolas ilustraram para os seus discípulos a verdade a respeito do Reino de Deus:

Então os discípulos chegaram perto de Jesus e perguntaram:

Por que é que o senhor usa parábolas para falar com essas pessoas?

Jesus respondeu:

A vocês Deus mostra os segredos do Reino do Céu, mas, a elas, não.

(Mt 13.10, 11)

Quando ele ensinou seus seguidores a orar, ele disse:

Venha o teu Reino.

Que a tua vontade seja feita aqui na terra como é feita no céu!

(Mt 6.10)

Na véspera de sua morte, assegurou aos seus discípulos que ainda compartilharia com eles a alegria e a comunhão do Reino:

– Vocês têm estado sempre comigo nos meus sofrimentos. Por isso, assim como o meu Pai me deu o direito de governar, eu também dou o mesmo direito a vocês. Vocês vão comer e beber à minha mesa no meu Reino e sentarão em tronos para julgar as doze tribos de Israel.

(Lc 22.28-30)

Por fim, ele prometeu que voltaria a terra, em glória, para trazer a bem-aventurança do Reino àqueles para quem o Reino foi preparado:

– Quando o Filho do Homem vier como Rei, com todos os anjos, ele se sentará no seu trono real.

Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: “Venham, vocês que são abençoados pelo meu Pai! Venham e recebam o Reino que o meu Pai preparou para vocês desde a criação do mundo”.

(Mt 25. 31, 34)

Mas, a final, o que é o Reino de Deus, quando e como ele virá?

A Palavra do Senhor diz que o Reino de Deus é uma realidade espiritual presente. É um domínio no qual os seguidores de Jesus Cristo já entraram. Paulo escreve que Deus nos “resgatou do domínio das trevas e nos trouxe em segurança para o Reino do seu Filho amado” (Cl 1.13).

O Reino é, ao mesmo tempo, a herança que Deus concederá a seu povo amado quando Cristo vier em glória. “Venham, vocês que são abençoados pelo meu Pai! Venham e recebam o Reino que o meu Pai preparou para vocês desde a criação do mundo” (Mt 25.34).

Como o Reino de Deus pode ser uma realidade espiritual presente e ao mesmo tempo uma herança concedida ao povo de Deus na segunda vinda de Cristo?

A chave para compreendermos esta revelação bíblica fundamental para a nossa vida e para a nossa atuação como cristãos na sociedade é a terminologia bíblica – ou seja, é o sentido bíblico da palavra reino.

O sentido primário tanto da palavra hebraica malkuth (AT), como da grega basiléia (NT), é a posição, autoridade e soberania exercida por um rei.

Então, o Reino de Deus é sua realeza de Rei, seu governo, sua autoridade. Jesus disse que devemos “receber o Reino de Deus” como uma criança (Mt 10.15). O que é recebido? Uma religião? O céu? Não! É o governo de Deus que é recebido. A pessoa, para entrar no futuro domínio do Reino, tem de se entregar, aqui e agora, em total confiança ao governo de Deus.

A vida fora do governo de Deus é, literalmente, uma vida desgovernada, marcada pela tristeza, por acidentes, pelo desespero, pela desgraça.

Aplicação:

Compreendendo essas verdades, ore a Deus dizendo que “Venha o teu Reino e seja feita a tua vontade...”

1. Na minha vida como é feita no céu. Você pode desfrutar das bênçãos do reinado de Deus sobre sua vida desde já.

2. Na nossa igreja como é feita no céu. Nós queremos que a vontade de Deus prevaleça sempre entre nós: na adoração, na comunhão, no ensino, no serviço e em nossa missão no mundo.

3. Na nossa cidade como é feita no céu. Queremos cooperar com Deus na luta por uma cidade justa, onde as pessoas vivam com dignidade, mas ao mesmo tempo precisamos agir dirigidos pelo Espírito de Deus, com um coração misericordioso.

O Espelho

Quem é você? Pense novamente, perguntando a si mesmo, quem sou eu?
Muitas vezes nos ocultamos, buscamos saber muitas coisas sobre os outros e investimos pouco tempo para nos conhecermos, falamos e refletimos muito sobre os outros e por vezes pelo fato de nos conhecermos pouco vemos a mudança que outros devem ter, mas, pouco pensamos as melhorias que devemos buscar para nossas vidas. Utilizamos parametros limitados ao olharmos para os outros, pois comparamos os outros conosco. É muito comum utilizarmos expressões como: "eu nunca faria isso", "como ele teve coragem!". Porém se nos sentimos ofendidos, magoados, ameaçados, não buscamos exercitar a paciência, ou empatia, nem mesmo pensamos o que Jesus faria nessa situação, apenas buscamos descarregar no outro os nossos sinceros sentimentos, que por vezes são tão sinceros que não lembramos que devemos ser reflexo de Deus na terra e portanto usar de misericórdia, amor e compaixão para com os outros, não lembramos que não nos pertencemos, pertencemos a Deus. Esses são bons momentos para nos conhecermos, os momentos de adversidade. A busca por nos conhecermos, possibilita servir melhor os outros, ouvir mais os outros, amar realmente a Deus e ao próximo. Não importa como estamos hoje, a verdade é que precisamos buscar a semelhança de Jesus, em atitudes e palavras. A palavra de Deus nos exorta a sermos "Imitadores de Deus como filhos amados, a andar em amor, como também Cristo nos amou e se entregou a sí mesmo por nós". Para iniciar esses passos precisamos saber: onde estamos? como estamos? Após essa constatação, buscar o alvo. Jesus é o modelo. Então responda-se: Como estou hoje? Qual minha semelhança com Jesus? Olhe para o espelho, reconheça onde estás e siga para onde Deus quer que você vá, espelhe-se na Palavra de Deus, não espelhe-se em você, nem nos outros, siga os passos do Senhor!

Abel Furquim

Reflexão em João 4.43-54
Bebeto Araújo
08/03/2009

Ouvir, Buscar, Crer e Obedecer a Jesus – este é o Caminho para a Vida

O evangelho que muitas vezes é pregado em nosso país associa muito mais a fé a um curto vôo majestoso do que a uma longa e, muitas vezes, dura caminhada de amor e serviço ao Senhor Jesus que exige de nós obediência.

Por mais longa e dura que seja a caminhada na direção de Jesus é nesta caminhada que encontramos salvação e vida (João 14.6).

Pensando sobre isso, Deus trouxe a minha memória a história de um nobre oficial do rei Herodes Antipas que governava as regiões da Galiléia e Peréia nos tempos de Jesus.

Este oficial do governo estava profundamente angustiado porque o seu filho estava “à beira da morte”.

Vamos ler o texto João 4.43-54

Este homem morava em Cafarnaum, que fica a aproximadamente 30km de Caná da Galiléia. Este homem ouviu que Jesus estava por ali (47a). Certamente ele já tinha escutado vários relatos a respeito do poder sobrenatural de Jesus. Aquilo que ele ouviu dizer a respeito de Jesus o impulsionou a caminhar na busca pela cura de seu filho.

Quais foram os passos dados nessa caminhada da busca pela vida?

Ele procurou Jesus e expôs a sua angústia, a sua dor (47b). Buscou em Jesus a solução para um problema que vinha roubando a sua alegria. “Jesus, eu te peço: venha a Cafarnaum e cure o meu filho.” Esse gesto sinaliza que todos os recursos disponíveis que poderiam salvar o filho daquele homem haviam se esgotado.

O oficial decidiu crer na Palavra de Jesus. Jesus reage ao pedido do homem com uma certa dureza: “Se vocês não virem sinais e maravilhas, nunca crerão” (48). Mas o homem estava tão angustiado e ao mesmo tempo tão certo a respeito do poder de Jesus que ele diz, em outras palavras: “depois a gente fala sobre isso Jesus, mas venha depressa porque o meu filho está morrendo” (49). Jesus consegue ver o coração daquele homem e diz: “Pode ir. O seu filho continuará vivo”. E o texto diz: “O homem confiou na palavra de Jesus...”. Existe aí uma promessa de cura. Mas percebam que antes da promessa existe uma ordem! O homem crer na promessa de que seu filho continuará vivo, mas não só isso. Ele dá um passo que muitas vezes nós não damos e por isso a promessa não se cumpre em nossa vida. Promessa é condicional meu irmão, ou seja, se cumpre na vida daqueles que decidem não apenas crer no poder de Jesus, mas também em obedecer as suas ordens.

Aquele homem obedeceu a Jesus. A ordem foi: “Pode ir.” E o texto diz: “...o homem partiu” (50). Aquele homem começou o retorno pra Cafarnaum. Não deve ter sido fácil a longa caminhada de volta pra casa. Ele não tinha nada palpável. Ele queria que Jesus fosse até a sua casa. E Jesus lhe fala “vá embora que o menino vai continuar vivendo.” Não sei a que altura de sua caminhada seus servos vieram encontra-lo com uma boa notícia: “a febre passou, o menino bem, o menino está vivo” (51). E o pai pergunta “que horas ele começou a melhorar?” Seus servos respondem: “foi ontem, à uma hora da tarde” (52). E o texto bíblico diz que o homem constatou que fora exatamente aquela hora em que Jesus lhe dissera: “o seu filho continuará vivo”.

Qual foi o resultado dessa caminhada que passou pelo ouvir, buscar, crer e obedecer? V. 53 – CURA, RESTAURAÇÃO, SALVAÇÃO E VIDA PARA A TODA A FAMÍLIA!

Conclusão
A Palavra de Jesus gera vida. Você pode não estar com um filho doente hoje, mas quem sabe tenha algo morrendo em você?

- Busque Jesus e expresse ao Senhor qualquer situação que possa está trazendo tristeza, dor, decepção, angústia...
- Creia na Palavra poderosa de Jesus que é capaz de transformar qualquer situação.
- Obedeça a vontade dele e espere para receber a “boa notícia”. A notícia de vida, de cura, de restauração e salvação.